Muito se fala sobre autoestima. Que você precisa se amar, se valorizar, se priorizar. Mas o que ninguém te conta é que isso não acontece com um estalo. Autoestima não nasce de um elogio, de uma maquiagem bonita ou de uma roupa nova. Ela nasce no silêncio. E muitas vezes, nasce da dor.
A autoestima verdadeira não é sobre ser forte o tempo todo, nem sobre se encaixar em um padrão. Ela é construída, tijolo por tijolo, quando você decide olhar para dentro com honestidade. Quando começa a se perguntar por que aceita tão pouco, por que se sente pequena, ou por que se anula para agradar.
É nesse ponto que muitas mulheres descobrem uma verdade profunda: a falta de autoestima quase nunca começa na vida adulta. Ela vem de histórias antigas, de experiências não curadas. De feridas emocionais — como rejeição, abandono, injustiça, humilhação e até traição — que se instalaram silenciosamente e passaram a conduzir suas escolhas, seus relacionamentos e até sua forma de se enxergar.
Você pode até ter aprendido a dar conta de tudo, a cuidar de todos, a esconder suas dores com um sorriso no rosto. Mas lá no fundo, sabe que algo não está bem. Sente um vazio que não se preenche com conquistas, uma tristeza que ninguém entende. É a sua essência pedindo espaço. Pedindo para ser vista.
Autoestima não se resolve com frases prontas. É um processo. Um reencontro. Uma reconstrução que começa quando você decide voltar para si mesma. Quando deixa de se responsabilizar pelas dores dos outros e começa a cuidar da sua.
Essa é a parte que não te contam: autoestima tem a ver com verdade, com pertencimento, com coragem de abandonar os papéis que você assumiu para sobreviver — e começar a viver.
Porque você merece se amar com profundidade. Não porque fez tudo certo, mas porque é humana, inteira, e digna de amor simplesmente por existir.
Suzana Andrade
Terapeuta e Mentora Sistêmica • Palestrante e Autora do livro Pérola – Mulher Madura e Feminina
Criadora do Programa Processo Pérola®