Ao longo desta segunda-feira (21/7), o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, deu sequência à série de reuniões com o setor produtivo com o objetivo de reverter a tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos ao Brasil para entrar em vigor em agosto. Alckmin ressaltou que as negociações com o governo americano seguem os protocolos oficiais. “Queria dizer a vocês que estamos em conversa com o governo americano por canais institucionais e de forma reservada”.
Dentro das atividades do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, Alckmin teve apoio de representantes da Câmara Brasileira de Economia Digital (Câmara-e.net), que reúne representantes de Big Techs como Meta, Google, Visa e Apple no diálogo com seus parceiros nos Estados Unidos.
“Tivemos um encontro com as empresas de tecnologia, que ainda não tinha ocorrido. Reunimos as empresas de tecnologia Apple, Meta, Google, Visa, Expedia, enfim, as grandes empresas, todas americanas, e tivemos um bom diálogo”, avaliou.
As big techs foram citadas no documento do presidente Donald Trump sobre a investigação da sessão 301. “Elas são importantes investidoras no Brasil e demonstraram a importância do Brasil. Têm tudo para crescer no país e ficaram de nos encaminhar na sequência questões que para eles são mais relevantes”, explicou o presidente em exercício.
RIO GRANDE DO SUL – Alckmin também se reuniu com representantes da Federação da Indústria do Rio Grande do Sul (Fiergs). Na reunião, foi apresentado ao ministro um estudo sobre o impacto das tarifas na indústria gaúcha. Participaram representantes de setores como calçados, químicos, petroquímicos, plástico e couro. “O Rio Grande do Sul é o segundo exportador do Brasil para os Estados Unidos. O primeiro é São Paulo. E 99% das exportações são manufatura: celulose, carne, minerais, setor de metais, indústria, máquinas, motores. Então, 99% da exportação gaúcha é manufatura”, relatou.
MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA – A segunda-feira também foi marcada por reunião com representantes da Comissão do Comércio Internacional do Parlamento Europeu. Geraldo Alckmin reforçou a expectativa de que a assinatura do Acordo Mercosul-União Europeia ocorra até o fim de 2025, período em que o Brasil ocupa a presidência do bloco sul-americano. “Esse acordo é extremamente importante do ponto de vista econômico, empresarial e do ponto de vista geopolítico. É uma mensagem forte de apreço pela democracia, pela paz, pelo livre comércio, pelo multilateralismo e pela sustentabilidade, e inclui também o tema do meio ambiente”.