
O centro de São Paulo foi palco, nesta quarta-feira (29), de um forte ato político e social em defesa da vida e contra a violência policial. O Ato Unificado Contra a Violência e a Impunidade Policial reuniram cerca de 80 pessoas em frente à Catedral da Sé, em um momento de emoção, dor e resistência.

Entre os presentes estavam as vereadoras Keit Lima e Luana Alves (PSOL) e a Deputada Estadual Mônica Seixas (PSOL), Frei Davi da Educafro além Dr Julio Cersa Navaro e Esposa Pais de Marco Aurelio e familiares de vítimas da violência de Estado.

O protesto marcou um ano da morte do estudante de Medicina Marco Aurélio, morto durante uma abordagem policial.

Com cartazes, faixas e bandeiras, os manifestantes denunciaram o que chamam de “genocídio da juventude negra e periférica” e cobraram punição aos agentes envolvidos em execuções e chacinas. Frases como “Fim da violência policial”, “Justiça por Marco Aurélio” e “Parem com as chacinas nas favelas do Rio e do Brasil” tomaram conta das escadarias da Sé.
Após o ato inicial, o grupo seguiu em caminhada pelas ruas do centro, entoando palavras de ordem e discursos emocionados de familiares e lideranças sociais. A manifestação contou ainda com a presença de movimentos de direitos humanos, coletivos de periferia e pastorais sociais.

Durante as falas, mães de jovens assassinados denunciaram a impunidade e pediram políticas públicas que garantam uma segurança cidadã, voltada à proteção da vida e à justiça social. O tom de indignação deu lugar, em muitos momentos, à solidariedade entre famílias unidas por uma dor comum.
O evento encerrou-se com a leitura de uma carta pública exigindo o fim das chacinas e da impunidade policial, além de políticas efetivas de combate ao racismo estrutural.
“A morte do estudante Marco Aurélio não será em vão”, dizia um dos banners expostos — símbolo da luta que ecoou no coração de São Paulo.



























