quarta-feira, 15 de outubro de 2025

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Brasil acelera descarbonização e anuncia compromisso de quadruplicar combustíveis sustentáveis

A transição energética foi destaque no segundo e último dia da Pre-COP, nesta terça-feira, 14/10/2025, em Brasília. O Brasil aproveitou a ocasião para lançar o compromisso de quadruplicar a produção e uso dos combustíveis sustentáveis até 2035. O momento foi ainda mais simbólico pelo lançamento de um estudo da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), que mostra a necessidade de avançar com mais agilidade para alcançar as metas acordadas na COP28 – de triplicar renováveis e duplicar a eficiência energética até 2030. 

O “Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis” ou “Belém 4x” visa impulsionar mundialmente a adoção de combustíveis sustentáveis, como hidrogênio, biogases, biocombustíveis e combustíveis sintéticos. A intenção é atingir, em especial, os setores chamados de “difícil descarbonização”,  como o setor aéreo, marítimo, rodoviário e de indústria, de aço e de cimento. 

“Essa iniciativa busca o apoio do maior número possível de países para emitir um sinal político, inclusive, para os agentes econômicos. Muitas dessas tecnologias são tecnicamente viáveis, mas não são produzidas em escala suficiente”, destacou João Marcos Paes Leme, diretor do departamento de Energia do Ministério de Relações Exteriores do Brasil. 

O chefe da divisão explicou que os combustíveis sustentáveis alcançam onde a eletrificação não é possível, pelo menos, a médio e longo prazo. Por isso, são de extrema relevância para a meta acordada na COP28, em Dubai, que também consta no Global Stocktake: triplicar as energias renováveis e duplicar a eficiência energética até 2030. Japão, Itália e Índia já demonstraram apoio à iniciativa brasileira e a expectativa é que mais países se somem ao compromisso internacional durante a Cúpula de Líderes da COP30 – que ocorrerá entre 6 e 7 de novembro, em Belém. 

O diretor do departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, João Marcos Paes Leme, anunciou o compromisso de quadruplicar combustíveis sustentáveis nesta terça-feira, 14/10. Foto: Rafa Neddermeyer/COP30
O diretor do departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, João Marcos Paes Leme, anunciou o compromisso de quadruplicar combustíveis sustentáveis nesta terça-feira, 14/10. Foto: Rafa Neddermeyer/COP30

Esforço pelos renováveis

O mundo caminha a passos lentos para cumprir o compromisso de Dubai, apesar de ter batido recorde de capacidade de energia renovável, em 2024. Os 582 GW atingidos no último ano, no entanto, exigiriam um adicional de, pelo menos, 1.122 GM anuais para atingir a meta em 2030. A situação da eficiência energética é ainda mais preocupante, pois melhorou apenas 1% em 2024, bem longe dos 4% anuais que seriam necessários. 

Essas conclusões constam no relatório apresentado nesta tarde pela Agência Internacional de Energia Renovável, à Aliança Global de Renováveis (GRA, na sigla em inglês) e à presidência da COP30. 

“Esse relatório mostra que estamos avançando ainda mais rápido em renováveis do que imaginávamos, mas precisamos fazer um esforço, especialmente, para dobrar a eficiência energética”, disse o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30.

O diretor-geral da Irena, Francesco La Camara, detalhou os passos necessários para acelerar o alcance das metas de transição energética. “A infraestrutura é a primeira coisa, precisamos de uma política interconectada, flexível e equilibrada. Hoje, o mercado ainda está de olho nos combustíveis fósseis, mas as energias renováveis ​​também devem ser projetadas”, comentou. “Acredito que a COP30 esteja no centro de tudo isso porque há essa intenção da presidência da COP de trazer a ação”, acrescentou.

O estudo também mostrou que as economias do G20, a qual o Brasil faz parte, devem liderar o avanço na transição energética, representando mais de 80% das energias renováveis do mundo até 2030. Já as economias mais desenvolvidas, do G7, precisam aumentar a capacidade para cerca de 20% da capacidade mundial nesta década. 

Para isso, é necessário incrementar também o financiamento, em especial, dos países em desenvolvimento. O setor privado pode ser um grande aliado nisso, como explica Ben Backwell, presidente da Aliança Global de Renováveis.

“É muito importante que o setor privado trabalhe junto com os governos, junto com o presidente da COP para ver como a gente implementa essa aceleração de renováveis que o mundo concluiu em Dubai. O relatório mostra que 90% dos projetos renováveis são mais baratos e competitivos que projetos de energia fóssil. Então, os renováveis são extremamente competitivos”, destacou. 

O estudo apontou, também, o que os países devem fazer para alcançar as metas de transição energética: integrar as metas de energia renovável nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês), antes da COP30, em Belém; dobrar a ambição coletiva de NDCs para alinhar-se às metas; e aumentar o investimento em renováveis para, pelo menos, 1,4 trilhão de dólares por ano, entre 2025 e 2030 – o que significa mais do que dobrar os 624 bilhões investidos na área em 2024.

Redação Geral Gazzeta Paulista
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