A Catedral Metropolitana da Sé, no coração de São Paulo, será o palco de uma das mais significativas celebrações inter-religiosas do país no próximo 10 de dezembro de 2025, às 12h, marcando oficialmente o Dia Internacional dos Direitos Humanos. O encontro reafirma o papel das tradições espirituais na defesa da dignidade humana, da democracia e da convivência pacífica entre povos e crenças.
Promovida pela Frente Inter-Religiosa por Justiça e Paz Dom Paulo Evaristo Arns e pela Comissão Justiça e Paz de São Paulo, a celebração reunirá representantes de diversas matrizes religiosas, compondo um mosaico histórico de respeito e diálogo.
Um Encontro Histórico Entre Diversas Tradições Espirituais
A programação contará com falas, reflexões, cânticos e bênçãos de lideranças das mais diversas expressões de fé, simbolizando a defesa universal dos direitos humanos. Entre os participantes confirmados estão representantes:
- Cristianismo (Católico, Batista, Metodista, Presbiteriano e Igreja SUD)
- Judaísmo
- Islamismo
- Budismo
- Xamanismo
- Umbandistas e Candomblecistas
- Espiritismo
- Fé Bahá’í
- Comunidades Independentes e Tradicionais
Entre as lideranças presentes, destacam-se nomes amplamente reconhecidos pela atuação social e inter-religiosa, como:
- Padre Júlio Lancellotti – referência nacional no cuidado da população em situação de rua;
- Rab. Alexandre Leone – liderança do Judaísmo progressista;
- Sheik Mohamad Al Bukai – representante da Mesquita Brasil;
- Antonio Funari Filho – Comissão de Justiça e Paz;
- Afonso Moreira Jr. – Espiritismo;
- Mãe Maria Aparecida Naléssio, Pai Denison D’Angiles, Mãe Kelly D’Angiles – tradições de matriz africana;
- Christiano Valerio – Igreja da Comunidade Metropolitana;
- Dri Oluaye – Candomblé;
- Entre outros mais de 20 líderes religiosos, simbolizando pluralidade, inclusão e respeito.
Direitos Humanos: Uma Luta Que Une Todas as Fés
A escolha do dia 10 de dezembro remete à adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, documento que se tornou referência global na defesa da vida, da igualdade e da liberdade. Em meio a desafios sociais, episódios de intolerância religiosa e violações diversas, o evento reafirma o compromisso das religiões com a promoção da paz.
A celebração também homenageia o legado de Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal que marcou a história do Brasil por sua firme atuação em defesa dos perseguidos políticos durante a ditadura militar e por sua inabalável dedicação aos mais vulneráveis.
A Catedral da Sé Como Símbolo de Resistência e Esperança
Realizar o encontro no marco arquitetônico e espiritual que é a Catedral da Sé, na Praça da Sé, amplia o significado do evento. O local não apenas representa o centro histórico da cidade, mas também um espaço onde, há décadas, diversas mobilizações por justiça social, democracia e direitos humanos ocorreram.
A presença simultânea de tantas tradições espirituais reforça que a defesa da vida e da dignidade é um valor universal, acima de credos, culturas ou escolhas individuais.

































