Divulgação da programação indica o caminho dos debates que ocorrerão no grande evento dos dias 14, 15 e 16 de novembro no Rio de Janeiro, antecedendo a Cúpula de líderes.
emos a clareza e a determinação do presidente Lula de que queremos uma relação respeitável com os movimentos, não há interesse em tutelar ou monitorar nenhum debate, mas dar condições para esse debate acontecer de forma livre e soberana, transformando isso no maior legado do G20. Podemos escrever um capítulo importante da história com o G20 Social”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), Márcio Macêdo, que coordena o G20 Social, em julho, no lançamento da Cúpula Social do G20.
E com o ideal de uma participação popular autônoma como guia é que, agora, a divulgação da programação completa do G20 Social, com horários e temas das atividades autogestionadas, dá a tônica da movimentação que espera por milhares de pessoas na próxima semana na capital fluminense. São 271 atividades que abarcam as mais distintas reivindicações da sociedade civil organizada.
As atividades serão no chamado Território do G20 Social, que compreende toda a região da Praça Mauá, no centro do Rio de Janeiro. Temas como justiça ambiental, equidade em saúde, enfrentamento ao racismo e colonialismo, direitos LGBTQIAPN+, igualdade salarial, manutenção dos pontos de cultura e defesa do serviço público são apenas algumas das pautas que irão compor a programação que dará as cores e as caras das lutas sociais no Brasil e no mundo, uma vez que atividades inscritas por organizações de outros países também estão entre as selecionadas.
GRANDES PLENÁRIAS — Além das atividades autogestionadas, plenárias também fazem parte da grande programação de participação social no encontro das maiores economias do mundo. O dia 15 de novembro, segundo dia do G20 Social, será dedicado a três importantes plenárias, que discutirão os três eixos propostos pela presidência brasileira.
A primeira plenária, dedicada a debater o combate à fome, pobreza e desigualdades, reunirá o ministro Welington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Nosipho Nausca-Jean Jezile, representante permanente da África do Sul junto à Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e presidente do Comitê de Segurança Alimentar (CSA), Ibrahima Coulibaly, do Mali, presidente da Organização Pan-Africana de Agricultores (PAFO) e Elisabeta Recine, representante da Sociedade Civil Brasileira e presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA).
A segunda plenária tratará de sustentabilidade, mudança do clima e transição justa e terá debatedores como Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Laurence Tubiana, da França, economista, diplomata e negociadora chefe do Acordo de Paris, uma liderança indígena brasileira e Adriana Marcolino, diretora técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
A terceira plenária terá por tema a reforma da governança global, com nomes como Celso Amorim, assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República do Brasil, Yildiz Temürtürkan, da Turquia, coordenadora internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), o escritor coreano Ha Joon Chang, economista, professor e autor do best-seller internacional “Chutando a Escada” e Antonio Lisboa, representante da sociedade civil brasileira, da Confederação Sindical Internacional (CSI).
Já no dia final, 16 de novembro, os participantes poderão acompanhar a entrega do documento ao do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que assume a presidência do G20 em 2025.
Durante as noites dos três dias de evento ocorre o Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com grandes nomes da música nacional. Os shows são gratuitos e também acontecem na Praça Mauá
Materia envida pela assessoria de Comunicação do G20 no Brasil