A escolha do próximo arcebispo de Canterbury é complexa. A tarefa de escolher um novo Arcebispo de Canterbury cabe à Comissão de Nomeações da Coroa (CNC).
Seus membros apresentarão o nome de um candidato preferido ao primeiro-ministro Sir Keir Starmer, que é constitucionalmente responsável por aconselhar o rei sobre a nomeação. Isso porque a Igreja da Inglaterra faz parte do Estado Inglês.
A comissão, criada na década de 1970, realiza uma revisão do material de referência e dos resultados das consultas, além da discussão dos desafios para o próximo arcebispo, antes de votar no candidato recomendado e no segundo candidato a ser apresentado ao primeiro-ministro.
A Comissão tem 17 membros votantes:
Três representantes eleitos da Diocese de Canterbury por sua vacância no Comitê de Consulta
Seis membros do Sínodo Geral
O Arcebispo de York ou, se ele optar por não ser membro do CNC, outro bispo a ser eleito pela Câmara dos Bispos
Outro bispo eleito pela Câmara dos Bispos;
Cinco representantes da Comunhão Anglicana global
O presidente do CNC – uma figura pública nomeada pelo primeiro-ministro, que deve ser um membro comunicante da Igreja da Inglaterra
Além disso, o secretário-geral da Comunhão Anglicana, o secretário de nomeações do primeiro-ministro e o secretário de nomeações dos arcebispos são membros sem direito a voto da Comissão.
Embora o primeiro-ministro esteja representado no CNC, ele tem influência limitada sobre o processo de seleção da comissão, que é um órgão da igreja e não da coroa.
Depois que o Rei aprovar o candidato escolhido e ele tiver indicado sua disposição de servir, o Número 10 anunciará o nome do Arcebispo designado.
Ainda não se sabe quanto tempo levará o processo de escolha de um novo arcebispo, mas a igreja já havia dito que a média é de cerca de nove meses.
Quem poderia substituir Justin Welby?
As apostas são para Graham Usher, bispo de Norwich, e Guli Francis-Dehqani, bispo de Chelmsford, foram apontados como sucessores de Welby e se tornaram a 106ª pessoa a deter o título.
Usher é um modernista, a favor dos direitos gays e apoiou bênçãos para casais do mesmo sexo. Ele também foi franco sobre a necessidade de enfrentar as mudanças climáticas.
Outro nome forte é Francis-Dehqani, ela é feminista e nasceu no Irã. Ela já falou publicamente sobre como seu irmão foi assassinado após a Revolução Iraniana. Ela seria a primeira mulher a ocupar o posto. É outar candidata do sistema.
Martyn Snow, bispo de Leicester, que trabalhou na construção de pontes entre diferentes comunidades religiosas, e Michael Beasley, bispo de Bath e Wells, que tem formação em epidemiologia e forneceu orientação de saúde durante a pandemia, também estão sendo apontados como possíveis sucessores, de acordo com o Telegraph.
Materia envida pela Assessoria de Comunicação da Igreja Anglicana no Brasil