O último encontro no Asé Omilofá foi marcado por emoção, cores e alegria com o Projeto Crianças de Terreiro, que reuniu meninos e meninas em um momento de celebração, educação e valorização das tradições afro-brasileiras.
A imagem que circulou nas redes sociais retrata não apenas a alegria infantil, mas um verdadeiro ato de resistência cultural e preservação da memória ancestral. Vestidas de branco e cercadas de símbolos das religiões de matriz africana, as crianças vivenciaram uma experiência que mistura espiritualidade, convivência comunitária e identidade.
O Projeto Crianças de Terreiro tem como objetivo educar e formar desde cedo o respeito às tradições do Candomblé e da Umbanda, além de combater o preconceito religioso, que historicamente atinge essas comunidades. Em tempos de intolerância, iniciativas como esta reafirmam a importância do direito constitucional à liberdade religiosa e a necessidade de políticas públicas de proteção à cultura afro-brasileira.
Raízes históricas
Os terreiros, desde a escravidão, foram espaços de resistência e sobrevivência cultural. Guardiões de saberes, eles preservaram línguas, músicas, danças, comidas e ritos que fazem parte do patrimônio imaterial brasileiro.
Ao incluir as crianças nessas vivências, o Asé Omilofá garante a transmissão geracional dos valores ancestrais, fortalecendo a autoestima e identidade das novas gerações.
Um olhar para o futuro
Com brincadeiras, música, doces e momentos de espiritualidade, o projeto demonstra que cuidar das crianças é também cuidar da memória coletiva. O Asé Omilofá se consolida como referência na valorização cultural e na construção de um futuro onde diversidade e respeito caminhem juntos.