taxa de desemprego do Brasil segue no menor patamar já registrado na série histórica iniciada em 2012. No trimestre encerrado em agosto de 2025, o índice manteve-se em 5,6%, assim como no trimestre móvel encerrado em julho. Na comparação entre o mesmo período do ano passado, a queda é de um ponto percentual (6,6%).
Outro destaque do trimestre encerrado em agosto refere-se à população desocupada, que caiu para 6 milhões, o menor contingente já registrado. Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira, 30 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados reforçam o bom momento do mercado de trabalho, registrado também pelos números do Novo Caged, divulgados na segunda-feira, que indicaram que o país gerou nos oito primeiros meses de 2025 um total de 1,5 milhão de empregos com carteira assinada, e 4,63 milhões desde janeiro de 2023. “1,5 milhão de novos empregos com carteira assinada criados em 2025. Mais de 4,6 milhões desde janeiro de 2023. Taxa de desemprego na mínima histórica. Dados de uma economia que segue gerando oportunidades em todo o país”, postou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu perfil nas redes sociais.
DESOCUPAÇÃO MÍNIMA – Ainda em relação à população desocupada, vale ressaltar que, para o trimestre encerrado em julho, o número de 6,118 milhões já era o menor contingente desde o último trimestre de 2013 (6,1 milhões). Os dados revelam ainda que o desemprego no país recuou -0,6 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre móvel anterior (6,2%). Em relação à população desocupada, os números também demonstram recuo: -9% (menos 605 mil de pessoas) na relação com o trimestre anterior e -14,6% (menos 1 milhão de pessoas) na comparação com o mesmo período de 2024.
OUTROS RECORDES – A alta na ocupação foi puxada pela quantidade de empregados no setor privado, que chegou a 52,6 milhões. Trata-se do novo recorde da série, estável no trimestre e crescendo 1,5% (mais 768 mil) no ano. O contingente de empregados com carteira assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) também foi recorde, chegando a 39,1 milhões, com estabilidade no trimestre e alta de 3,3% (mais 1,2 milhão de pessoas) no ano. Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) ficou estável no trimestre e recuou 3,3% (menos 464 mil pessoas) na perspectiva anual.
OCUPAÇÃO – O contingente de pessoas ocupadas chegou a 102,4 milhões no trimestre até agosto, alta de 0,5% (mais 555 mil pessoas) em relação ao trimestre até maio e de 1,8% (mais 1,9 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2024. Com esse resultado, o nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 58,1%, e se manteve no patamar mais alto da série histórica, com aumento de 0,2 p.p. frente ao trimestre até maio e de 0,6 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2024.
ATIVIDADE – A análise da ocupação por grupamentos de atividade ante o trimestre móvel anterior mostrou aumento em dois setores: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (4,4%, ou mais 333 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,7%, ou mais 323 mil pessoas). Houve redução no grupamento de Serviços domésticos (3%, ou menos 174 mil pessoas). Os demais grupamentos ficaram estáveis. Frente ao trimestre de junho a agosto de 2024 houve aumento em dois grupamentos: Transporte, armazenagem e correio (5,5%, ou mais 311 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,2%, ou mais 760 mil pessoas). Houve redução no grupamento de Serviços domésticos (3,2%, ou menos 187 mil pessoas). Os demais não apresentaram variação significativa.
RENDIMENTO – O rendimento médio real habitual chegou a R$ 3.488 no trimestre até agosto, com estabilidade frente ao trimestre até maio e alta de 3,3% em relação ao mesmo trimestre de 2024. Com isso, a massa de rendimento médio real habitual chegou a R$ 352,6 bilhões de reais, com alta de 1,4% frente ao trimestre até maio e de 5,4% frente ao mesmo trimestre de 2024.
O QUE É – A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitorar a força de trabalho do país. A amostra corresponde a 211 mil domicílios, distribuídos pelos 26 estados e o Distrito Federal, que são visitados a cada trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na coleta, integrados à rede de mais de 500 agências do IBGE. A próxima divulgação será em 31 de outubro.