domingo, 22 de junho de 2025

COTAÇÃO DO DIA

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DIA DAS MÃES: A MEMÓRIA QUE CONSTRÓI VÍNCULOS

“Mãe é todo dia.” Sim, é verdade. Não há dia em que o amor, o cuidado e a dedicação de uma mãe sejam ausentes da história de uma família. Porém, afirmar isso como desculpa para não celebrar o Dia das Mães é um erro espiritual, afetivo e humano. Este dia não é apenas uma data comercial. É um ritual de memória e reconexão, necessário para fortalecer vínculos e reafirmar o valor da maternidade.

A você, mãe, que parou tudo: deixou de trabalhar, cancelou compromissos, organizou a casa, fez um almoço com amor — mesmo sem troca de presentes, saiba: o maior presente é a presença e a memória que se cria neste encontro. Rir juntos, conversar, recordar histórias — isso é o que molda a alma dos filhos e fortalece a sua identidade materna. O coração humano é tecido por memórias, e o amor se nutre daquilo que se celebra.

“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra” (Êxodo 20,12).
Celebrar o Dia das Mães é obedecer este mandamento. Não é apenas sobre gratidão: é sobre justiça.

Mas a você que preferiu trabalhar no domingo, dizendo que as contas são muitas e o tempo é pouco, quero deixar uma palavra de alerta. É verdade que o mundo exige produtividade, mas ele não devolve amor. Se você morrer hoje, amanhã já haverá alguém no seu lugar de trabalho. Já em casa, a saudade ocupará um espaço que ninguém mais preencherá.

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Romanos 12,2).
Trabalhar é importante, mas priorizar a família é essencial. A memória não se impõe — ela se constrói. E se hoje você escolhe não construir memórias, amanhã lamentará a ausência delas.

Alguns dizem: “Meus filhos não prestam, não se importam comigo.” Cuidado. Essas palavras são como sentenças malditas, que criam distância em vez de aproximar. Segundo Carl Gustav Jung, “aquilo que você resiste, persiste”. Se você semeia mágoas, colhe solidão. Mas se semeia perdão, compaixão e acolhimento, a reconciliação pode florescer.

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13,4.7).
Sim, filhos erram. Mães também. Mas a mãe tem a missão de ser melhor — de guiar, curar, levantar. Reconstruir é mais difícil que construir, mas é possível. Faça a sua parte, mesmo que o outro lado ainda esteja distante.

Concluo com uma frase de Viktor Frankl, psiquiatra e sobrevivente dos campos de concentração:
“Entre o estímulo e a resposta, há um espaço. Nesse espaço está o nosso poder de escolher nossa resposta. E, em nossa resposta, está o nosso crescimento e nossa liberdade.”
Use este espaço para dizer: eu amo você. Use este tempo para criar memórias. Celebre o Dia das Mães — não por obrigação, mas por sabedoria. Porque no final, o que nos resta são as memórias vividas e os laços que cultivamos.

Feliz Dia das Mães!

Por Dom Frei Lucas Macieira Arcebispo

Primaz da Diocese Anglicana Catolica do Brasil

e Secretaro Geral do Grupo CIPAM -FABE

Redação Geral Gazzeta Paulista
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