O investimento privado chinês na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda – Bengo, neste momento, está estimado em mais de três mil milhões de dólares norte-americanos, ao que se juntam mil milhões de dólares de angolanos.
Os números foram partilhados à Angop pelo presidente do Conselho de Administração da Zona Económiça Especial (ZEE).
Manuel Pedro, anfitrião e também expositor na 39.ª edição da Feira Internacional de Luanda – FILDA/2024, que ontem mesmo encerrou, fez saber ainda que a ZEE dispõe, neste momento, de cerca de 40 projectos do sector da construção, que vão dar origem a novas indústrias, com realce para o sector alimentar, farmacêutico e tecnológico.
Por outro lado, o PCA considerou que a realização da FILDA na ZEE demonstrou a capacidade deste parque em acolher eventos de grande dimensão, aproveitando a oportunidade para partilhar com o país e o mundo as opções de investimento, nos mais diversos sectores de actividade. Realçou que a ZEE está alinhada com as principais estratégias de governação do país da indústria alimentar, tendo para atender o tema da segurança alimentar e farmacêutica.
Atracção de investimentos
A Zona Económica Especial (ZEE) mantém o foco da estratégia de actuação no mercado nacional na atracção de investimentos para as indústrias do sector alimentar.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração, Manuel Pedro, ao Jornal de Angola, esta visão decorre do alinhamento às políticas e perspectivas do Governo.
O gestor da Zona Económica Especial (ZEE) entende que as empresas já instaladas e as que estão por se instalar representam uma nova forma de fazer indústria adoptada pelo país, que de importador passou, decididamente, para produtor local, com a perspectiva de auto-suficiência e também de exportação do excedente.
“Estamos voltados a um sector que é prioridade para o Governo, com o objectivo de atendermos ao desafio da segurança alimentar. Temos tido uma abordagem externa muito grande no sentido de divulgar pelo mundo fora as oportunidades de investimentos que temos em Angola e na ZEE em particular”, disse.
Um exemplo, relativamente à parceria com Portugal, está no facto de várias indústrias do sector alimentar e outras ligadas ao sector da construção, que reforçam a cooperação entre os dois mercados, mas também servem de captadores para outras firmas interessadas de se poderem instalar no país.
De acordo com Manuel Pedro, o que se requer, neste momento, à Zona Económica Especial (ZEE), é manter-se perseverante nos processos e consolidar o contributo na estratégia de diversificação.
TRANSIÇÃO VERDE E segurança Soluções tecnológicas marcaram exposições
O mercado angolano conta, desde agora, com a disponibilidade de cartões bancários verdes, uma proposta da Innovation Makers, empresa de destaque no desenvolvimento de soluções tecnológicas para o sector.
A apresentação do produto decorreu na Feira Internacional de Luanda – FILDA/2024, que foi aberta na terça-feira (23) e teve o fecho ontem, domingo (28).
A ideia com os cartões bancários verdes é de ajudar o sector a reduzir a pegada ecológica. Segundo o CEO da empresa, Vitor Rodrigues, o novo produto amigo do ambiente da Innovation Makers consiste na disponibilização de cartões bancários ecológicos, feitos a partir de PVC reciclado e personalizáveis, que permitem uma redução das emissões de CO2.
Além destes cartões ‘verdes’, a Innovation Makers passa, agora, a oferecer o serviço de reciclagem de cartões bancários, através do qual recolhe junto das entidades bancárias cartões fora de uso, destrói-os e reutiliza os componentes recicláveis, transformando-os em mobiliário de exteriores.
No stand da Innovation Makers, no Pavilhão 3, esteve também disponível uma amostra de um novo conceito de Agência Bancária Digital, concebido com recurso às inovadoras máquinas de auto-atendimento totalmente desenvolvidas pela empresa tecnológica.
“A participação na FILDA/2024 é uma oportunidade incrível para a Innovation Makers compartilhar nossas inovações e conectar-se com líderes da indústria”, disse Vitor Rodrigues.
Novafabril
Um mercado em crescente no país, sobretudo em Luanda, é o do tratamento e purificação de água.
Na Filda estava num stand do pavilhão 3 a Novafabril Angola (NFA), empresa de direito angolano que disponibiliza máquinas de purificação de água.
O quadro sénior Rúben Domingos, a liderar a equipa no terreno, disse ter mantido bastantes contactos e que cresce o interesse e procura dos serviços da empresa.
O engenheiro de sistemas de água fez saber que além de instalações domiciliares, as maquinarias de origem portuguesa e que já têm componentes integrados de produção nacional são eficientes e duráveis no tempo.
Esta durabilidade, explicou Rúben Domingos, permite uma forte rentabilidade para quem invista em instalações comerciais de tratamento e purificação de água para consumo.
MOTIVAÇÃO Louvor e sorteios no fecho da FILDA
O encerramento formal da 39.ª edição da Feira Internacional de Luanda – FILDA/2024, que decorreu ontem, na Zona Económica Especial (ZEE), já depois da gala de premiação na noite de sábado, foi ainda marcado por muita alegria, com mistura de louvores e sorteios.
Na quadra da ZEE e seus integrantes, o fecho da participação deste ano coube ao músico Anderson Mário, uma estrela nascida de concursos de imitação nacional, ao que se seguiu a “febre” do momento, assim designada a música “Jesus yo wiza”, do Coro de Mulheres da Igreja Metodista Unida “Bispo Emílio de Carvalho”.
O grupo, em pleno domingo, trajado com as indumentárias tradicionais – panos vermelhos e camisolas brancas com vermelho, cantaram ao vivo e encantaram a tarde de domingo.
Rapidamente congregaram uma pequena multidão, eufórica e bastante participativa no acompanhamento de uma das canções mais ouvidas no momento.
Em simultâneo e no exterior dos pavilhões na ala A da entrada principal, os gestores da Filda/2024 realizavam o esperado sorteio de uma viatura ligeira. A participação ao sorteio foi mediante aquisição de ficha, comprada por Kz 1.000.
PAVILHÃO INTERNACIONAL Empresários estrangeiros fazem balanço positivo
A 39.ª edição da Feira Internacional de Luanda – FILDA/2024 terminou, ontem, e ficou marcada com o selo da “boa organização”, de “bons negócios” e “bons contactos” na visão dos empresários estrangeiros presentes e que representaram mais de dez países.
O vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Angola – Líbano, Imad Taha, considerou que a Filda permite às empresas ampliar parcerias, além de expor aos visitantes os produtos e serviços existentes no país.
Na sua visão, “Angola precisa de mais eventos desta natureza para facilitar a aceleração da economia”.
O director da empresa Scarabelii Irrigazione, Stefano Vertuani, firma italiana que trabalha com sistemas de irrigação, afirmou que, este ano, houve uma maior movimentação em relação ao anterior.
“Este ano, saímos com muitos contactos e parcerias, foram cerca de 30 contactos e temos a garantia de trabalhar nos próximos anos”, assumiu.
Já a chefe de departamento de exposições da Câmara de Comércio e Indústria da Bielorrússia, Anna Prineslik, disse que esta foi a segunda vez a participar na feira, tendo considerado a 39° edição como uma experiência única pelo número de parcerias.
“Conseguimos fazer muitas parcerias com diversas empresas aqui na Filda, esperamos que através destas possam surgir mais oportunidades de negócios”, indicou.
O responsável da Delegação da Economia Alemã em Angola, Toobias Schill, disse que o seu país esteve presente com 11 empresas do ramo dos transportes, tecnologias, infra-estruturas, alimentar, ambiente e energia.
“Estamos satisfeitos com mais uma edição. Foi possível observar mais uma vez as potencialidades do país e analisar oportunidades de investimento”, disse.
Matéria envida pela assessoria de comunicação da Filda