sábado, 21 dezembro, 2024

Finais simbólicas nos 400m livre da natação são destaque no dia dos brasileiros na França. Confira o resumo

Guilherme Costa crava recorde pan-americano e fica muito próximo da medalha com a quinta colocação. Maria Fernanda Costa leva a natação feminina à final da prova pela primeira vez desde 194 Natação, judô, esgrima, vôlei, basquete, ginástica artística, badminton, canoagem, tênis, tênis de mesa, surfe. O primeiro dia de competições depois da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris marca a participação de dezenas de brasileiros, a ampla maioria integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto do Governo Federal. Como é próprio de megaeventos esportivos, a principal competição do esporte de alto desempenho do planeta já produziu uma série de momentos marcantes, pontuados de conquistas e celebrações, mas também de tristezas, lamentos e frustrações.

Faltou alguma coisa nos últimos 50 metros, que sempre foram o meu ponto forte. Pensei que a medalha ia sair, porque conduzi a prova do jeito que sempre faço. Não esperava isso”
Guilherme Costa, integrante do bolsa atleta e quinto colocado nos 400m livre da natação

» Confira o guia de atletas, modalidades e investimentos do Governo Federal

Confira um resumo parcial pautado no início da atuação nacional:

400M LIVRE DA NATAÇÃO – Dois brasileiros integrantes do Bolsa Atleta fizeram as finais dos 400m livres da natação em Paris em duas provas muito simbólicas. No masculino Guilherme Costa, o “Cachorrão”, se classificou para a final com o segundo melhor tempo da fase eliminatória, atrás apenas do alemão Lukas Maertens.

Na decisão, contudo, o nível da prova foi ainda mais forte, a ponto de Guilherme ter estabelecido o melhor tempo de sua vida e o novo recorde pan-americano: 3min42s76. A façanha, contudo, não foi suficiente para a medalha.Guilherme terminou em quinto, muito próximo do pódio.

O ouro ficou com o alemão Lukas Maertens (3min41s78), seguido pelo australiano Elijah Winnington (3min42s21) e pelo sul-coreano Woomin Kim (3min42s50). A quarta posição foi do australiano Samuel Short. “Tentei tudo o que eu podia. Faltou algo nos últimos 50 metros, que sempre foram o meu ponto forte. Pensei que a medalha ia sair, porque conduzi a prova do jeito que sempre faço. Fiz tudo o que podia para vencer. Não esperava isso. Nadei 350 metros para a medalha, mas nos últimos 50m faltou alguma coisa”, afirmou o brasileiro, muito emocionado ao fim competição.

No feminino da mesma prova, Maria Fernanda Costa, a Mafê, levou o país à decisão da distância no feminino pela primeira vez desde 1948, quando Piedade Coutinho representou o país. Na final, ela esteve lado a lado com três das maiores atletas das piscinas: a campeã olímpica em Tóquio 2021 Ariarne Titmus, da Austrália, a americana multicampeã e medalhista de ouro nos Jogos Rio-2016, Katie Ledecky, e a canadense fenomenal, de 17 anos, Summer McIntosh (Canadá), que estabeleceu um novo recorde mundial da distância este ano. Na final, melhor para Titmus, seguida por Summer e Ledecky. Mafê terminou em sétimo. “Eu vi que não tem bicho-papão. Fiquei a três segundos do pódio. Sou eu contra mim mesmo, contra o relógio, contra a água. É continuar treinando e no meu caminho”, disse a brasileira.

Nas mesmas provas de 400m livre, Gabrielle Roncatto e Eduardo Moraes não conseguiram vaga na final. Os revezamentos brasileiros dos 4x100m feminino e masculino do Brasil também não chegaram na decisão.

VÔLEI FICA NO QUASE – A estreia do Brasil foi num clássico contra uma pedreira. A Itália é a atual campeã mundial da modalidade. A seleção do técnico Bernardinho teve boas chances em todas as parciais, mas acabou superada por 3 sets a 1 pela equipe europeia, em 1h51 minutos de jogo. Em pontuação, o destaque brasileiro e do jogo foi o oposto Darlan, com 25 pontos anotados. Pelo lado italiano, Yuri Romano anotou 20. Uma das principais diferenças do jogo foi o bloqueio. Os italianos fizeram 13 pontos nesse fundamento, contra quatro dos brasileiros.

O próximo compromisso do grupo treinado pelo técnico Bernardinho na fase de grupos será na quarta-feira, a partir das 9h (de Paris, 4h do Brasil), contra da Polônia. O grupo brasileiro ainda tem o Egito. São 12 seleções na disputa em três grupos. Oito seguem para a fase de quartas de final. As duas melhores de cada grupo e as duas terceiras colocadas com melhor campanha.


JAPONESES NO CAMINHO DO JUDÔ – As competições do judô tiveram início com as categorias mais leves de peso e dois integrantes do Bolsa Atleta no tatame. No feminino, a paranaense Natasha Ferreira, terceira colocada no Campeonato Pan-Americano de 2023, teve um sorteio ingrato. Encarou loto na estreia a japonesa Natsumi Tsunoda, atual campeã mundial da categoria. Em menos de um minuto, a japonesa aplicou um waza-ari e um ippon e definiu a luta e a eliminação da brasileira. O jovem Michel Augusto, de 19 anos, venceu a primeira luta contra Sebastian Sancho, da Costa Rica, com um waza-ari, e na sequência teve um combate intenso e muito duro contra o japonês Ryuju Nagayama. Após 7min37s de batalha, o brasileiro foi eliminado com a terceira punição, contra uma do japonês. “A gente fica um pouco triste, me preparei muito, sacrificando várias coisas. Dei o meu melhor, fui até o final. Esperava por uma luta difícil, mas queria ganhar. Sempre foi um sonho participar de uma Olimpíada, dei o melhor nos treinamentos e vou seguir assim para conseguir minha medalha olímpica. Não posso desanimar, daqui a quatro anos tem outra”, avaliou Michel.

AVANÇOS NO REMO – O Brasil garantiu duas vagas nas quartas de final dos Jogos Olímpicos com Lucas Verthein, no skiff simples masculino, e Beatriz Tavares, no skiff simples feminino. Os dois terminaram as baterias em terceiro lugar. Semifinalista na última edição das Olimpíadas, Lucas fez um tempo de 6min54s96. Já Beatriz fez em 7min49s66. Ambos buscam a vaga na semifinal olímpica na próxima segunda-feira.

BASQUETE – A estreia do basquete masculino foi diante dos anfitriões, os franceses. A equipe nacional começou vencendo e com um ótimo primeiro quarto de jogo, mas acabou levando a virada e perdeu por 78 x 66. A seleção volta à quadra na terça-feira, 30 de julho, para enfrentar a Alemanha.

VÔLEI DE PRAIA EM ALTA – André e George estrearam com vitória no vôlei de praia. Jogando no belo complexo montado ao lado da Torre Eiffel, a dupla venceu Mohamed Abicha e Zouheir Elgraoui, do Marrocos, por 2 sets a 0 (21/18 e 21/10). Os brasileiros agora se preparam para o próximo compromisso. Eles enfrentam na terça-feira (30) Diaz e Alayo, de Cuba, a partir das 7h (de Brasília). Esse, inclusive, vai ser o reencontro de André e George com os cubanos após a final dos Jogos Pan-americanos Santiago 2023, vencida pelos brasileiros por 2 sets a 1.

COMOÇÃO NA ESGRIMA – Campeã mundial em 2019, Nathalie Moellhausen, italiana naturalizada brasileira, primeira do ranking nas Américas e número 8 do mundo, foi eliminada no primeiro duelo. A integrantes do Bolsa Atleta enfrentou a atleta sensação na categoria, a canadense Rueien Xiao. Foi uma luta dramática para a brasileira, que enfrenta um grave problema de saúde, com um tumor benigno diagnosticado nas costas. Nathalie fez uma apresentação heroica. Passou mal, teve o combate interrompido com fortes dores, mas reuniu forças e voltou à luta. Perdeu por 15 x 11 e foi desclassificada

CANOAGEM – O frio e a chuva não deram trégua, mas não arrefeceram o ímpeto de Ana Sátila na eliminatória do K1 (caiaque), na abertura das competições de canoagem slalom dos Jogos Olímpicos. Ana, que aos 28 anos disputa a quarta edição dos Jogos e integra o Bolsa Pódio, avançou às semifinais com 96s88, na 14ª posição entre 25 competidoras. Tanto a fase de semifinais quanto as finais serão disputadas neste domingo, a partir das 10h30 (de Brasília). “Agora é descansar, guardar toda a energia para amanhã, analisando todos os detalhes da prova e ver onde eu posso melhorar”, comentou a canoísta. Antes de Ana, Pedro Gonçalves, na C1 (canoa simples), completou o percurso com 111s07, na 18ª posição, mas sofreu uma penalidade na segunda descida e ficou fora das semifinais.

Agora é descansar, guardar toda a energia para amanhã, analisando todos os detalhes da prova e ver onde eu posso melhorar”
Ana Sátila, que disputa as semifinais da canoagem slalom neste domingo

TÊNIS DE MESA – Na estreia do tênis de mesa em Pari, a dupla mista nacional fez um bom jogo contra a parceria espanhola, mas não o suficiente para vencer e chegar às quartas de final. Bruna Takahashi e Vitor Ishiy foram superado por Maria Xiao e Alvaro Robles por 4 set a 2, parceria número cinco do ranking mundial, com parciais de 9/11, 11/7, 11/7, 8/11, 5/11 e 8/11. “Nunca tínhamos jogado contra eles e dá para ver bem o entrosamento deles. Pelos dois serem canhotos, têm um pouco de vantagem no saque e na recepção, porque é parecido com o individual deles. Tivemos nossas oportunidades, principalmente no primeiro set. Depois até viramos, não sei se a gente ganharia, mas era um set crucial”, analisou Vitor.

HIPISMO – Neste sábado ocorreu a prova de Hipismo CCE, individual e equipes. No segmento de adestramento, disputaram Carlos Parro, Rafael Losano e Márcio Carvalho Jorge. Rafael foi o 30º colocado, seguido de Márcio em 33º e Carlos Parro em 51º. Assim, com a soma dos três, o time brasileiro ficou em 12º lugar. Neste domingo, será a vez da prova de cross-country e na segunda-feira (29), a definição das medalhas com os saltos.

DUALIDADE NA GINÁSTICA – Sensações distintas para os atletas brasileiros da ginástica artística masculina. Campeão mundial na barra em 2019, o paulista Arthur Nory fixou as atenções exclusivamente nessa prova em Paris. Um erro de execução em um dos movimentos de sua série, contudo, custou uma pontuação aquém da capacidade do atleta de Campinas e a vaga para a final escapou, o que deixou o atleta muito emocionado. “O choro é tristeza, é felicidade, é saber que eu consegui chegar aqui. Foi muito difícil todo o processo. Acho que as lágrimas falam muito por mim, mas acho que a gente tem um propósito e luta até o fim e eu vou estar aqui até o fim, torcendo”, disse Nory. Diogo Soares, o generalista da equipe, fez um bom somatório em suas rotações nos seis aparelhos e tem ótimas chances de passar para a final do individual geral. Ambos são integrantes do Bolsa Atleta.

TIRO ESPORTIVO – No primeiro dia de disputa do tiro esportivo, Philipe Chateaubrian terminou em 31º lugar na Pistola de Ar 10m, com 561 pontos. Com o resultado, o carioca, que fez sua estreia olímpica, não conseguiu vaga na fase final, a ser disputa neste domingo.“Encerro minha participação feliz e orgulhoso em representar o Brasil. Dedicação e empenho não faltaram, da minha preparação até chegar aqui. Me preparei como pude e fiz o meu melhor. É claro que me entristeci com o desempenho, que não aconteceu da maneira que gostaria, mas, por outro lado, estar no posto de tiro dos Jogos Olímpicos de Paris faz parte da minha história esportiva na qual muito me orgulho”, analisou Chateaubrian, integrante do Bolsa Atleta.

ONIPRESENÇA – O DNA do Bolsa Atleta é “onipresente” na delegação brasileira que está em Paris para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2024. Levando em conta o edital mais recente, de 2024, 241 dos 276 atletas na capital francesa fazem parte do programa, um percentual de 87,3%. Se a análise leva em conta o histórico dos atletas, contudo, 271 dos 276 já foram integrantes do programa do Governo Federal em alguma fase da carreira (98%). Em 27 das 39 modalidades em que o país está representado na França, 100% dos atletas integram atualmente o programa de patrocínio direto do Ministério do Esporte. Mais: em seis modalidades, todos estão na categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, voltada para esportistas com chances reais de medalha em megaeventos, que se posicionam entre os 20 melhores do ranking mundial de suas modalidades. A Bolsa Pódio garante repasses mensais que variam de R$ 5.500 a R$ 16.600, com o reajuste anunciado em julho de 2024 pelo presidente Lula.

Matéria enviada pela Assessoria de Comunicação do Ministerio dos Esportes

Redação Gazzeta Paulista
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