Painel durante GT de Saúde em Natal compartilhou soluções para inovar na resposta digital à mudança do clima, convocando membros do G20 a desenvolver políticas e estratégias climáticas e aprimorar a vigilância epidemiológica.
O debate sobre como usar as ferramentas digitais para dar suporte à adaptação dos sistemas de saúde às mudanças climáticas, foi o foco da mesa com organismos internacionais e agências financiadoras na 4ª Reunião do Grupo de Trabalho da Saúde. As propostas são para fortalecer os sistemas de vigilância, juntando os dados dos sistemas de informação em saúde com os sistemas de informação do clima para melhorar a predição.
“Essa discussão é essencial para o preparo dos serviços de saúde à população. Através das informações de vigilância, conseguimos, por exemplo, prever a região que sofrerá ondas de calor em que precisamos monitorar o comportamento das arboviroses ou aumento das internações”, observou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
Os palestrantes compartilharam soluções práticas para enfrentar a crise climática, destacando exemplos de trabalho em andamento e convocaram os membros do G20 a aprimorar a coleta de dados sobre o clima e saúde. Os especialistas defendem o uso de ferramentas digitais sustentáveis para dar suporte à acessibilidade de longo prazo e ao gerenciamento colaborativo de dados.
A discussão coloca o assunto em evidência no G20 e vai ao encontro da realização da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém (PA). “Estamos realizando essa reunião para discutir as mudanças climáticas, a abordagem Uma Só Saúde, pautas importantes para que o planeta se prepare para o próximo período. O Brasil lidera o G20, vai sediar a COP 30 e esperamos apresentar uma contribuição internacional importante relativa ao desenvolvimento de pesquisas para manter o planeta de forma sustentável e saudável”, disse o secretário executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa.
Mudanças climáticas
A mudança climática representa uma ameaça urgente e significativa à saúde global, particularmente em comunidades onde já existem disparidades econômicas e de saúde. Devido a inundações relacionadas ao clima e calor extremo, essas regiões enfrentam desafios de saúde, como deterioração de vacinas, inacessibilidade de centros de saúde e surtos de patógenos novos e reemergentes, que exigem respostas e adaptação rápidas do sistema de saúde.
A integração, análise e compartilhamento de dados de saúde são essenciais para a adaptação aos impactos climáticos na saúde, incluindo as perdas e danos econômicos e não econômicos que podem enfraquecer os sistemas de saúde.
Matéria envida pela assessoria de Comunicação do G20 no Brasil com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério da Saúde.