Em reunião técnica do grupo, realizada no Rio de Janeiro, todos os objetivos propostos pela presidência brasileira foram alcançados. Destaque para a facilitação de acesso a fundos para financiamento climático e para a adoção de princípios para uma transição justa, que proponha justiça social.
As quatro prioridades brasileiras para o Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis obtiveram consenso dos países do G20 durante a reunião, que aconteceu nos dias 9 e 10 de setembro no Rio de Janeiro. O encontro discutiu e consolidou os avanços alcançados durante a presidência brasileira ao longo do ano e o documento fará parte da declaração final dos líderes das maiores economias do mundo. O subsecretário de Financiamento e Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda, Ivan Oliveira, e a chefe adjunta do Departamento de Relações Internacionais do Banco Central do Brasil, Cyntia Azevedo, apresentaram um balanço sobre as prioridades estabelecidas pelo Brasil e que foram entregues com sucesso.
Ivan falou dos resultados destacando o trabalho intenso ao longo do ano e a importância de cumprir as metas planejadas. “Quem nos acompanhou ao longo do ano sabe que chegamos até aqui depois de muito trabalho em conjunto no G20, foi uma construção. A boa notícia é que entregamos 100% daquilo que programamos para esse grupo na presidência brasileira”, afirmou o Subsecretário.
A primeira prioridade discutida foi a facilitação de acesso aos fundos de financiamento climático. Oliveira ressaltou o relatório independente elaborado por um grupo de especialistas e apresentado durante a reunião. Esse documento, apoiado pelo G20, propõe uma série de recomendações que visam simplificar o acesso e melhorar a arquitetura financeira climática global. “Essa prioridade marca um avanço importante no suporte a países em desenvolvimento”, completou Oliveira.
A primeira prioridade discutida foi a facilitação de acesso aos fundos de financiamento climático. Oliveira ressaltou o relatório independente elaborado por um grupo de especialistas e apresentado durante a reunião. Esse documento, apoiado pelo G20, propõe uma série de recomendações que visam simplificar o acesso e melhorar a arquitetura financeira climática global. “Essa prioridade marca um avanço importante no suporte a países em desenvolvimento”, completou Oliveira.
A segunda prioridade tratou dos princípios para uma transição justa e robusta, com ênfase na integração da justiça social nos planos de transição energética e sustentável. “Conseguimos incluir recomendações vitais para assegurar que a transição seja socialmente inclusiva, alinhando desenvolvimento sustentável e equidade social”, explicou.
A terceira prioridade aborda a questão da sustentabilidade nas práticas de reporting. Segundo Oliveira, foi essencial conectar esse tema à transição justa. “A criação de diretrizes claras para relatórios de sustentabilidade é fundamental para garantir transparência e responsabilidade”, destacou. O objetivo é que tanto grandes corporações quanto pequenas e médias empresas (PMEs) possam adotar padrões que reflitam suas práticas sustentáveis.
A quarta prioridade focou nas soluções baseadas na natureza e cultura. Através de 12 estudos de caso, o grupo identificou instrumentos financeiros inovadores que podem ser replicados em países em desenvolvimento. “Desenvolvemos uma caixa de ferramentas com instrumentos que podem ser adaptados a diferentes contextos locais”, acrescentou Oliveira.
Superando desafios globais na agenda de sustentabilidade
Cyntia Azevedo detalhou a importância dos relatórios de sustentabilidade, especialmente para as PMEs. “Reconhecemos que existe um desafio técnico significativo na implementação desses relatórios, não apenas no Brasil, mas globalmente. Muitos países compartilham as mesmas dificuldades, e o relatório trouxe recomendações para superá-las”, afirmou.
Azevedo destacou que a necessidade de capacitação técnica foi um tema central durante as discussões. A troca de experiências entre países e organizações internacionais, um dos pilares do G20, foi considerada essencial para o avanço dessa agenda. “Um dos momentos mais enriquecedores foi o evento de checagem do plano de ação de assistência técnica, onde vários países apresentaram iniciativas que podem inspirar outros membros”, destacou.
Os coordenadores do GT reforçaram que o processo de negociação para a finalização dos documentos é desafiador, mas o consenso obtido é uma prova do êxito do grupo. “Chegar ao final de uma reunião com documentos consensuados é realmente uma sensação de muito sucesso”, celebrou Cyntia Azevedo.
A presidência brasileira do G20 ainda tem um longo percurso até o encerramento oficial, mas os resultados já alcançados são um marco importante. O avanço na agenda de finanças sustentáveis reafirma o compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável global e com a criação de um futuro mais equitativo e resiliente.
Materia envida pela assessoria de Comunicação do G20 no Brasil