A Avenida Paulista foi novamente tomada por uma multidão no feriado desta quinta-feira, 20 de novembro de 2025, durante a tradicional Marcha da Consciência Negra, um dos maiores e mais importantes atos do calendário antirracista do país. Movimentos sociais, coletivos culturais, entidades sindicais e milhares de pessoas ocuparam o coração financeiro de São Paulo para denunciar o genocídio do povo negro e reivindicar políticas públicas pela vida, justiça e igualdade racial.
Os registros feitos pela Gazzeta Paulista mostram a força e a diversidade do ato: caminhões de som, bandeiras, cartazes, tambores, educadores, jovens, famílias e lideranças de diferentes frentes do movimento negro se uniram em um único coro — “Pelo fim do genocídio negro. Pelo bem viver!”.
Entre os grupos presentes estavam UNE afro Brasil, Coalizão Negra por Direitos, APEOESP, coletivos antirracistas e representações da juventude periférica. As palavras de ordem ecoaram do MASP até o Paraíso, reforçando a resistência histórica contra a violência policial, o encarceramento em massa, a desigualdade racial e a negação de direitos básicos.
A marcha deste ano ganhou ainda mais relevância após novos casos de violência racial repercutirem nacionalmente. Muitos participantes levaram faixas com mensagens diretas, como “Contra o genocídio do povo preto”, lembrando vítimas recentes e cobrando ações urgentes do Estado brasileiro.

Além das denúncias, o ato também celebrou a cultura negra, a luta ancestral e o legado de Zumbi dos Palmares e Dandara, figuras centrais da resistência quilombola. Grupos de maracatu, capoeira e hip-hop se apresentaram ao longo da avenida, transformando o protesto em um grande encontro político-cultural.
Para os organizadores, a marcha é um chamado à responsabilidade da sociedade e das autoridades. Movimentos destacaram que o 20 de Novembro não é apenas uma data de reflexão, mas de ação contínua, reivindicando políticas públicas eficazes em educação, segurança, trabalho, saúde e cultura.
A Gazzeta Paulista acompanha as atividades e desdobramentos da luta do movimento negro, reafirmando seu compromisso em amplificar vozes históricas que constroem diariamente um Brasil mais justo.

































