Lomé (Togo) — Entre os dias 8 e 12 de dezembro de 2025, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) marcou presença no 9º Congresso Pan-Africano, realizado em Lomé, capital e maior cidade do Togo. O encontro reuniu lideranças políticas, intelectuais, representantes da sociedade civil e organismos internacionais para discutir o tema “Renascimento do pan-africanismo e o papel da África na reforma das instituições multilaterais: mobilizar recursos e reinventar-se para agir”.
A participação do MDHC na delegação brasileira reafirma o compromisso do Brasil com a promoção dos direitos humanos, o combate ao racismo e o fortalecimento do diálogo Sul–Sul, especialmente com os países do continente africano, que compartilham laços históricos, culturais e sociais profundos com a sociedade brasileira.
Pan-africanismo: história, presente e futuro
O Congresso Pan-Africano é um espaço histórico de articulação política e intelectual que remonta às lutas anticoloniais e à afirmação da identidade africana e da diáspora. Em sua 9ª edição, o evento trouxe ao centro do debate os desafios contemporâneos enfrentados pela África e pelos povos afrodescendentes, com destaque para a necessidade de reforma das instituições multilaterais, maior representatividade internacional e justiça histórica.
Painéis temáticos discutiram o papel da cultura, da educação, da economia e dos direitos humanos na construção de um novo protagonismo africano no cenário global. A presença de intelectuais e lideranças de diferentes países evidenciou a pluralidade do pan-africanismo e sua atualização diante das transformações geopolíticas do século XXI.
Atuação do MDHC e cooperação internacional
Durante o congresso, a delegação brasileira, com participação do MDHC, contribuiu para os debates sobre igualdade racial, enfrentamento às discriminações, valorização da diversidade cultural e políticas públicas voltadas à cidadania. A atuação do ministério destacou experiências brasileiras no campo dos direitos humanos e reforçou a importância da cooperação internacional para a construção de agendas comuns entre África, América Latina e Caribe.
O MDHC também ressaltou a relevância de mobilizar recursos e fortalecer redes de cooperação para que os princípios debatidos no congresso se traduzam em ações concretas, capazes de impactar positivamente a vida das populações.
Significado político e simbólico
A participação brasileira no 9º Congresso Pan-Africano tem forte significado político e simbólico. Além de reafirmar o compromisso do Estado brasileiro com a agenda internacional de direitos humanos, o encontro fortalece os vínculos históricos com o continente africano e contribui para a valorização da herança africana na formação social, cultural e política do Brasil.
O congresso encerrou-se com a perspectiva de novos diálogos, parcerias e ações conjuntas, consolidando o pan-africanismo como uma força viva na luta por justiça, igualdade e desenvolvimento sustentável.

































