A ofensiva policial, deflagrada nesta terça-feira (28), mobilizou centenas de agentes e reacendeu o debate sobre segurança pública e direitos humanos no Brasil. Rio de Janeiro – 29 de outubro de 2025 — O Rio de Janeiro amanheceu sob tensão após uma megaoperação policial deixar mais de 120 pessoas mortas em diferentes comunidades da capital fluminense e da Baixada. A ação, que mirou integrantes do Comando Vermelho (CV), é considerada uma das mais letais da história recente do país.
A operação, conduzida por forças integradas da Polícia Civil, Militar e Federal, teve início nas primeiras horas da manhã de terça-feira (28). Segundo as autoridades, o objetivo era cumprir mandados de prisão contra lideranças do tráfico de drogas e desarticular uma rede de armas e drogas ligada à facção.
Durante o confronto, houve intensa troca de tiros, perseguições e apreensões de fuzis, granadas e veículos roubados. No entanto, relatos de moradores e imagens divulgadas nas redes sociais revelam cenas de pânico, com pessoas feridas sendo socorridas por equipes de resgate em meio ao caos.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, entre os mortos estão suspeitos de envolvimento com o tráfico, mas também há investigações sobre possíveis vítimas civis atingidas durante o fogo cruzado. Entidades de direitos humanos já cobram transparência e apuração independente dos fatos.
Em nota, o governo do estado afirmou que a ação foi “necessária para combater o crime organizado” e destacou que o resultado “reflete a gravidade da estrutura armada do Comando Vermelho”. Já organizações civis, como a Anistia Internacional Brasil e a Defensoria Pública, classificaram a operação como “massacre” e pediram intervenção federal para garantir o respeito às leis e aos direitos fundamentais.
Especialistas em segurança pública avaliam que o número de mortes acende um alerta sobre o uso desproporcional da força e a falta de políticas sociais nas comunidades mais vulneráveis.
Enquanto o governo promete seguir com o combate ao crime, familiares das vítimas se amontoam nas portas dos hospitais e do Instituto Médico Legal (IML), em busca de informações sobre desaparecidos.
O episódio reacende um debate que há décadas divide o Brasil: até onde vai o combate ao crime e onde começa a violação de direitos humanos?



























