O Brasil se prepara para, no próximo mês, ouvir representantes de populações sobre as decisões das maiores economias do mundo. Os encontros serão no Rio de Janeiro e concentrarão grupos de engajamento, movimentos populares e sociedade civil para debates, feiras e cultura.
A contagem regressiva avisa: falta menos de um mês para a grande celebração da sociedade civil em seu caminho para ser ouvida pelos líderes das maiores economias do mundo. É a Cúpula do G20 Social chegando ao Rio de Janeiro nos dias 14, 15 e 16 de novembro, ocupando uma das áreas mais simbólicas do centro da capital carioca: a Praça Mauá e o seu entorno, que inclui Boulevard Olímpico, Museu do Amanhã, Armazéns do Porto, Museu de Arte do Rio (MAR) e o Espaço Kobra, identificado pelo grande mural do artista brasileiro Eduardo Kobra, um dos maiores muralistas da atualidade.
Coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), o G20 Social é um processo inédito criado pela presidência brasileira do G20. O objetivo é ampliar a participação social e de atores não-governamentais nos processos de debate para decisões da Cúpula dos Líderes do G20, em torno de três eixos centrais escolhidos pelo governo brasileiro: combate à fome, à pobreza e às desigualdades; sustentabilidade, mudanças climáticas e transição justa; e reforma da governança global.
A Cúpula do G20 Social é o ápice do processo de participação social, idealizado pelo Presidente Lula em dezembro de 2023, quando o Brasil assumiu a presidência rotativa do grupo. Desde então, o G20 Social deu espaço à pluralidade de vozes da sociedade civil brasileira e estrangeira. Além disso, o G20 Social propiciou, pela primeira vez, encontros das trilhas política e financeira com os grupos de engajamento e lideranças de movimentos sociais.
Programação – A Cúpula do G20 Social contará com feiras organizadas ao longo do Boulevard Olímpico em três caminhos temáticos: o da Sustentabilidade, com artesanato e serviços; o do Combate à fome, com produtos alimentícios e agroecológicos; e o da Cultura dos Povos, com literatura, publicações e divulgações sociais. Ao todo serão 150 barracas selecionadas num processo que recebeu 264 inscrições.
Além disso, contará com o Festival de Cultura “Aliança Global Contra a Fome”, no Palco Central na Praça Mauá, todos os dias a partir das 18h. Terá ainda o espaço CRIA, um ponto central de conexões entre criadores de conteúdo, comunicadores e ativistas.
Dia 1 – O primeiro dia da Cúpula Social (14) será marcado por atividades propostas pela sociedade civil em suas mais diversas vozes, as atividades autogestionadas. São debates, conversas e mesas temáticas organizadas por movimentos sociais, grupos de engajamento, organismos internacionais, conselhos, universidades, governos, setor privado, dentre outros, do Brasil e do exterior. Ao todo foram recebidas 852 inscrições e selecionadas, numa primeira chamada, 164 atividades. A Secretaria-Geral está trabalhando para incluir novas atividades em outros espaços.
Dia 2 – A programação do segundo dia da Cúpula Social (15) estará organizada em torno dos três eixos temáticos – combate à fome e à pobreza, sustentabilidade e governança global – com aprovação de um documento por eixo. Em seguida, continuam as atividades coordenadas pela sociedade civil no período da tarde.
Dia 3 – O último dia da Cúpula Social (16) será o da síntese das atividades desenvolvidas para o G20 Social. Da plenária final sairá a aprovação de documento que será entregue para debate na Cúpula de Líderes, com ato de encerramento no período da tarde, no Palco Central da Praça Mauá.
Consulta pública – Até o dia 31 de outubro está aberta a Consulta Pública do G20 Social Participativo, em que pessoas do mundo todo podem enviar suas recomendações nos três temas prioritários do G20. É possível deixar as contribuições em português, inglês e espanhol. Para acessar, clique aqui.
Movimentos – Movimentos sociais de base histórica nacional foram convidados para construção dos processos. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); a Associação Brasileira Organizações Não Governamentais (Abong); a Central Única dos Trabalhadores (CUT); a Coalizão Negra por Direitos; a Marcha Mundial das Mulheres (MMM); Central Única das Favelas (CUFA) e o Movimento de Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) integram o comitê organizador da Cúpula Social do G20, dando as cores e os prismas das lutas populares brasileiras ao globo.
Materia emnvida pela assessoria de Comunicação Secretaria-Geral da Presidência da República