Além do G20, cuja Cúpula de Líderes aconteceu nos dias 18 e 19, o Brasil se prepara para presidir outros dois fóruns internacionais estratégicos em 2025: os Brics e a COP30. Discussões e consensos aprovados na Declaração de Líderes servirão de base para avanços futuros.
A Cúpula de Líderes que aconteceu no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 foi o ápice de um processo que aconteceu durante todo o ano de 2024: pautas, discussões, acordos e consensos foram costurados ao longo do período, culminando na Declaração de Líderes divulgada ao final do evento.
Durante o processo, o Brasil conseguiu articular avanços significativos em questões cruciais como combate à fome, mudanças climáticas e redução de desigualdades. Uma das principais conquistas foi o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa que convoca todos os países a se unirem em um esforço coordenado para enfrentar um dos mais graves problemas globais. A proposta brasileira busca mobilizar recursos e estratégias para combater a insegurança alimentar, especialmente nos países em desenvolvimento, representando um marco na agenda internacional de solidariedade.
O documento final do G20 revelou avanços expressivos em múltiplas frentes, com destaque para o compromisso de acelerar transições energéticas sustentáveis, triplicar a capacidade de energia renovável até 2030 e duplicar a eficiência energética global. A menção inédita ao combate ao racismo e promoção da igualdade racial demonstra uma evolução importante na compreensão das desigualdades estruturais.
Em relação à inteligência artificial, os líderes reconheceram simultaneamente seu potencial econômico e os riscos éticos, decidindo criar uma Instância de Alto Nível para governança da tecnologia. A decisão reflete a maturidade das discussões sobre inovação tecnológica e seus impactos sociais, posicionando o G20 como um fórum fundamental para regulação e cooperação internacional.
Brics e COP em 2025
Em 2025, o Brasil assumirá a presidência dos BRICS, um bloco ampliado pela participação de Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia (que se somam aos membros originários: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Na pauta, algumas das prioridades da presidência brasileira do G20, como reforma da governança global e transições energéticas.
Quanto ao tema transições energéticas, o Novo Banco de Desenvolvimento – NDB (Banco dos BRICS) terá um papel fundamental no financiamento deste processo em nações do Sul Global, direcionando recursos para infraestrutura voltada para a digitalização e descarbonização das matrizes energéticas e produtivas.
O Brasil, com sua matriz energética baseada em fontes renováveis, já é exemplo para o mundo e a presidência da COP30 será uma oportunidade de consolidar esses avanços e reafirmar o compromisso global com a redução das emissões e a adaptação climática.
Materia envia pela assessoria de comunicação do G20 no Brasil