O Ilê Axé Xangô viveu uma noite de grande força espiritual e celebração no último 07 de dezembro de 2025, durante a tradicional Festa de Oyá (Iansã), orixá dos ventos, das tempestades, da transformação e da coragem. Sob a condução do Babalorisá Domingos de Sangô, o terreiro recebeu filhos e filhas de santo, convidados e representantes da comunidade para um ritual marcado por beleza, ancestralidade e profundo respeito às tradições do Candomblé.
Desde a entrada do Ilê, decorada com máscaras africanas e o letreiro de boas-vindas, já era possível sentir o clima de reverência. A celebração teve início com cânticos e danças que homenagearam Oyá e todo o panteão de orixás, em um ambiente vibrante de energia, cores e movimento.

Ancestralidade viva: roupas, danças e rituais
As imagens registradas mostram a riqueza das vestes tradicionais, dos fios de contas e dos detalhes que compõem a estética afro-religiosa. Filhos e filhas de santo vestiram roupas brancas, rendadas e adornadas, simbolizando pureza, axé e conexão espiritual. Em outro momento da noite, trajes coloridos também destacaram a diversidade dos orixás e a alegria presente na festa.
A dança ritualística — elemento central das celebrações de matriz africana — emocionou quem estava presente. Cada passo, giro e gesto carrega significados que atravessam gerações, reafirmando a resistência e a beleza das religiões afro-brasileiras.

Presença comunitária e valorização cultural
A festa contou com intensa participação da comunidade do Ilê Axé Xangô, reforçando o papel dos terreiros como espaços de acolhimento, fé, memória e transmissão de conhecimento. O Babalorixá Domingos de Xangô, zelador espiritual da casa, foi homenageado por sua trajetória e dedicação à preservação do axé e à formação de novos filhos e filhas de santo.
A celebração de Oyá vai além do ritual religioso: ela se conecta à história da população negra e ao legado cultural que estrutura grande parte da identidade brasileira. Em uma época em que os debates sobre intolerância religiosa ganham força, eventos como este reafirmam a importância do respeito, da liberdade de crença e da valorização das tradições afro-brasileiras.
Rituais de força e renovação

Durante a noite, cânticos, toques de atabaque e oferendas conectaram o coletivo ao axé de Oyá, fortalecendo pedidos de proteção, transformação e abertura de caminhos. Iansã, orixá guerreira e senhora dos ventos, simboliza movimento e mudança — elementos que marcaram toda a atmosfera da celebração.
Uma noite inesquecível no Ilê Asé Sangô
Com muita alegria, espiritualidade e união, a Festa de Oyá de 2025 encerrou mais um ciclo de devoção no Ilê Asé Sangô, renovando o axé da casa e fortalecendo seus integrantes para o ano que se aproxima.

































