Segundo o ministro Márcio Macêdo da Secretaria-Geral da Presidência da República, o G20 Social pode ser um dos maiores legados da presidência brasileira e a África do Sul pretende manter o fórum em 2025. Para Nandini Azad, presidente do Fórum de Mulheres Trabalhadoras da Índia, inclusão e acesso serão os símbolos deixados pelo Brasil.
Em um auditório lotado de autoridades e cidadãos de todo o país e do mundo, a cerimônia de abertura do G20 Social aconteceu, nesta quinta-feira (14), no Museu do Amanhã, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). O prefeito do Rio, Eduardo Paes, deu as boas vindas a todos e lembrou que a cidade é a vitrine do Brasil para o mundo. “Eu agradeço ao presidente Lula por ter trazido esse evento para o Rio de Janeiro, todo mundo tem um enorme carinho por essa cidade”. O prefeito até brincou sugerindo que a capital do país voltasse a ser a terra de Machado de Assis, escritor carioca famoso e um clássico da literatura nacional.
O ministro Márcio Macêdo da Secretaria-Geral da Presidência da República disse que o G20 Social pode ser um dos maiores legados da presidência brasileira e a África do Sul pretende manter o fórum em 2025. O ministro ressaltou a coragem e a ousadia do presidente Lula por levar o debate do G20 até o povo por meio da criação do encontro.
Márcio Macêdo argumentou ainda que a presidência brasileira não está só no discurso político, está propondo ações concretas como a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Além de debater temas como a taxação dos milionários que pode resolver o problema da fome, ajudar a manter as florestas de pé, financiar programas para os indígenas, ribeirinhos, seringueiros, moradores das periferias, enfim, para as pessoas em situação econômica mais vulnerável.
O Embaixador Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, destacou que neste primeiro dia de evento 40 mil pessoas estiveram presentes para trazer suas colaborações para a cúpula. “Sem a participação da sociedade o sucesso da nossa presidência não teria sido tão grande, vamos deixar uma marca importantíssima. Uma das prioridades brasileiras – a luta contra a fome e a pobreza – não poderia existir com medidas efetivas se não houvesse um diálogo com a sociedade e um acolhimento das contribuições dos cidadãos comuns”, afirmou Mauro Vieira..
Dentro desse espírito de inovação, o embaixador Mauro Vieira mencionou também o chamado à ação para a reforma da governança global, lançado em setembro na segunda reunião de ministros das relações exteriores que aconteceu na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). “Esse chamado a ação tem recebido o apoio da maioria dos países das Nações Unidas e, sobretudo, o apoio de todos os países que integram o G20 e mais os países convidados”.
Para Nandini Azad, presidente do Fórum de Mulheres Trabalhadoras da Índia, a presidência brasileira inova ao incluir as vozes do chão. Segundo Nandini, a inclusão e acesso serão os símbolos deixados pelo Brasil. “Passei 20 horas viajando só para participar dessa conferência e eu sei o poder que a sociedade tem e vocês, no Brasil, sabem disso também. Em quantos países a sociedade civil é incorporada na governança? Isso não acontece muito, então muito obrigada por esse feito histórico. Namastê”, disse.
A cerimônia de abertura contou também com a participação da primeira dama, Janja da Silva, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, do ministro da Educação, Camilo Santana, e da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
A programação do G20 Social inclui debates, shows musicais, feira de artesanato e livros, espaço para crianças e vai até sábado (16) em uma área que engloba Praça Mauá, Museu do Amanhã e Boulevard Olímpico na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Materia enviada pela Assessoria de Comunicação Geral do G 20 no Brasil