Esta semana será formalizada a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, em reunião ministerial que acontece na próxima quarta (24), no Rio de Janeiro.
O fórum Favelas 20 discutiu o tema e defende a educação sobre o desperdício de alimentos e políticas públicas educacionais e nutricionais nas comunidades.
De acordo com dados do governo federal, ainda existem 8,7 milhões de brasileiros enfrentando insegurança alimentar e nutricional. Desta forma, a educação sobre o desperdício de alimentos entrou na pauta do Favela 20, com a apresentação de iniciativas voltadas para a redução da fome e para a educação alimentar.
Regina Tchelly, da Favela Orgânica, projeto dedicado ao combate ao desperdício alimentar e à fome, explicou a metodologia do ciclo dos alimentos, promovendo hortas em pequenos espaços e práticas de compostagem. “Precisamos de políticas públicas nas escolas e, nas creches, para aprendermos desde cedo como evitar o desperdício e reaproveitar o alimento em toda a sua forma”, afirmou a representante da Favela Orgânica.
David Hertz, do projeto Gastromotiva, ressaltou que a fome está intimamente ligada à habitação, educação, economia e saúde. Ele enfatizou que durante os debates do G20 “é nosso dever mostrar que combater a fome vai além de simplesmente entregar comida; trata-se de garantir um direito nutricional e saudável”.
Hertz afirmou que “hoje desperdiçamos oito vezes mais alimentos do que seria necessário para acabar com a fome extrema”. E Tchelly complementou: “com o desperdício de alimentos, podemos alimentar as pessoas que estão passando fome”.
A proposta foi apresentada no painel “Justiça Social – construindo pontes com foco na redução da pobreza e da fome” durante o lançamento do Favelas 20 (F20), que aconteceu no dia 08 de julho, no Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro.
Matéria envida pela assessoria de comunicação do G20