Conhecido como ‘prefeito da estação Sé’, Murilo comanda estação que recebe 400 mil pessoas por dia
No coração da capital Paulista, duas das maiores linhas de metrô se encontram. A 27 metros de profundidade sob o marco zero de São Paulo, existe uma “cidade subterrânea” com 400 mil pessoas. Não é um município em tamanho territorial, mas se assemelha pela quantidade de pessoas. E quem administra essa cidade é Edson Murilo, metroviário há 27 anos, de trajetória inspiradora e conhecido como o “prefeito da estação Sé”.
Ao longo dos anos de atuação no Metrô, Edson, que começou no Metrô como agente de segurança, cresceu profissionalmente e em 2020 chegou a supervisor operacional, tornando-se responsável pela mais movimentada estação metroviária de São Paulo em abril de 2024. Cabe a ele coordenar uma equipe que chega a 140 pessoas, em três diferentes turnos, entre agentes de estação e atendimento, de segurança, e colaboradores de manutenção e limpeza. Também é atribuição deste “prefeito”, garantir o funcionamento das 38 escadas rolantes e 36 bloqueios (catracas) distribuídos pelos 40 mil m² de área construída da Sé, por onde os trens passam 1.700 vezes ao longo de um dia, nas plataformas das linhas 1-Azul e 3-Vermelha.
“Eu, como negro, sinto muito orgulho de comandar a maior estação do Metrô. Quando entrei na Companhia, em 1997, como agente de segurança, realmente não imaginava que poderia alcançar essa posição. A empresa sempre me apoiou e me deu oportunidades para que eu pudesse crescer profissionalmente”, afirma Edson Murilo.
Na rotina do “prefeito da Sé”, a prioridade é assegurar a segurança e o bem-estar dos passageiros e colaboradores. Para se ter uma ideia deste atendimento, nesta cidade chamada Sé, nasceram cinco pessoas, cujos partos foram feitos por agentes do Metrô. As atividades de apoio também são de sua responsabilidade, liderando as equipes para o monitoramento de fluxo, apoio operacional nas plataformas, limpeza e manutenção.
Neste último quesito, destaque para as atividades de limpeza profunda, que acontecem no fim da noite e madrugada com cerca de 15 pessoas, que usam lavadora de piso dirigível, enceradeira, aspiradores de pós e hidrojateadora.
A equipe coordenada por Edson também é responsável por auxiliar nos cuidados com seis obras de arte do acervo permanente do Metrô, e administrar a Central de Achados e Perdidos, que já recebeu mais de 3 milhões de objetos desde 1975.
O Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira (20) é uma data para reflexão sobre a história e os desafios enfrentados pelo povo negro no Brasil. Para o Metrô, essa data é também uma oportunidade para valorizar líderes como Edson Murilo, que contribuem para uma organização mais diversa e inclusiva.
O exemplo de Murilo mostra o quanto a presença de lideranças negras inspira e fortalece o ambiente corporativo, destacando o papel fundamental que a inclusão desempenha no crescimento e no desenvolvimento de profissionais. Com iniciativas voltadas à promoção da diversidade, o Metrô reafirma seu compromisso com a criação de um ambiente onde todos têm oportunidades de crescimento.
Materia envida pela Assessoria de Comunicação Companhia Paulista de Metros do Estado de São Paulo