Nesta Terça-feira, 1º de abril de 2025, completam-se 61 anos do golpe militar que instaurou uma ditadura no Brasil por mais de duas décadas. O regime, marcado por censura, perseguição política e repressão brutal, deixou cicatrizes profundas na história do país. Neste momento de reflexão, relembramos as atrocidades cometidas pelo Estado contra opositores e a luta de milhares de brasileiros pela democracia.
O golpe e os anos de repressão
Em 31 de março de 1964, setores das Forças Armadas, com apoio da elite econômica e de parte da imprensa, iniciaram a deposição do então presidente João Goulart. Na madrugada de 1º de abril, os militares assumiram o controle do país, instaurando um regime ditatorial que duraria até 1985.
Durante esse período, o Brasil viveu sob censura, prisões arbitrárias e tortura sistemática. Estima-se que centenas de pessoas foram assassinadas ou desapareceram vítimas da violência de Estado. Instituições democráticas foram fechadas, e qualquer oposição ao regime era tratada com brutalidade.
As marcas da resistência
Movimentos sociais, intelectuais, artistas e estudantes foram duramente perseguidos, mas também protagonizaram a resistência contra o autoritarismo. Jornalistas tiveram seus textos censurados, e veículos de comunicação foram fechados. Mesmo sob risco, a imprensa alternativa e clandestina ajudou a denunciar os abusos cometidos pela ditadura.
A luta pela redemocratização ganhou força nos anos 1970, culminando no movimento Diretas Já, que pressionou pelo fim do regime e pela volta das eleições diretas. Em 1985, com a eleição indireta de Tancredo Neves, o Brasil deu um passo definitivo para a retomada da democracia.
Memória e justiça
Apesar dos avanços democráticos, a impunidade dos crimes cometidos pelo regime militar ainda é uma ferida aberta na sociedade brasileira. A Comissão Nacional da Verdade, criada em 2011, teve papel fundamental ao documentar as graves violações de direitos humanos ocorridas no período, mas muitos dos responsáveis jamais foram punidos.
Diante de tentativas de reescrever a história e relativizar os horrores da ditadura, é essencial reafirmar o compromisso com a democracia e a justiça. O Brasil não pode esquecer sua história para que nunca mais se repitam os erros do passado.
Ditadura nunca mais!