sexta-feira, 18 outubro, 2024

Economia Criativa movimenta bilhões de dólares em todo o mundo e é destaque em discussões de evento paralelo do G20

Dados da Unesco apontam que a economia criativa gera receitas de 2,25 bilhões de dólares ao ano, além de exportações globais de mais de 250 bilhões de dólares. O ramo também responde por 30 milhões de empregos em todo o mundo. Este é o tema principal do Seminário de Políticas para Economia Criativa, evento paralelo do G20, que acontece até sexta-feira (9), no Rio de Janeiro.

Qual o lugar da cultura e da criatividade para um reinventar da economia, em uma perspectiva mais justa e sustentável? Esse é o questionamento que embala o “Seminário de Políticas para Economia Criativa: G20 + Ibero-América”, evento paralelo do Grupo de Trabalho (GT) de Cultura que acontece até sexta-feira (9) no Rio de Janeiro e que congrega especialistas, autoridades do governo, agentes públicos, produtores e fazedores de cultura, e membros da sociedade civil. O evento foi espaço para o lançamento da Política Nacional de Economia Criativa, com presença da ministra de Cultura (MinC) do Brasil, Margareth Menezes.

A programação inclui debates sobre inteligência artificial e direitos autorais, remuneração de artistas em plataformas, tecnodiversidade, biodiversidade cultural, indústrias criativas, entre outros. No primeiro dia de evento, além da palestra magna “Criatividade: a riqueza das nações”, com o gestor cultural mexicano Benjamín González Pérez, os temas em destaque foram os direitos dos trabalhadores da cultura, inclusão produtiva e desenvolvimento sustentável.

“O mais importante é apostar, para mudar as estruturas, de que precisamos melhorar as políticas, precisamos ter leis e que todos esses programas ou todos esses marcos garantam indicadores que sejam medidos. Mas, sobretudo, precisamos fortalecer ainda mais a participação da sociedade civil. Sem ela, jamais vamos poder garantir o cumprimento desta agenda”, observou o gestor cultural e especialista público Abel Arionátegui, do Panamá.

Brasil Criativo

No Brasil, a economia criativa movimenta por volta de 230 bilhões de reais e emprega cerca de 7,5 milhões de pessoas nas mais de 130 mil empresas formalizadas, o que equivale a 7% do total dos trabalhadores da economia do país. Estes dados do Observatório Itaú Cultural dão a dimensão da importância desse setor que, a partir do conhecimento, criatividade e capital intelectual individuais e coletivos origina bens tangíveis e intangíveis, proporcionando rentabilidade e lucro social positivo. Artes visuais, eventos, gastronomia, moda, música, e turismo são áreas exemplos.

Lançamento da Política Nacional de Economia Criativa – Brasil Criativo 

Neste sentido, ao fim do primeiro dia de debates do Seminário, o Ministério da Cultura lançou, em presença de diversas autoridades e fazedores de cultura, a Política Nacional de Economia Criativa – Brasil Criativo, construída com objetivo de “envolver para desenvolver com sustentabilidade e emancipação”. O conteúdo apresentado foi elaborado de forma colaborativa, envolvendo servidores e gestores do sistema MinC, ministérios parceiros, secretários e dirigentes de estados e municípios, e sugestões recebidas da sociedade em geral por meio de uma consulta pública online e propostas resultantes da 4ª Conferência Nacional de Cultura realizada em março deste ano.

A ministra da Cultura do Brasil Margareth Menezes destacou a importância de políticas neste sentido para valorização da diversidade nacional, como motor de transformações sociais e econômicas necessárias. “O setor precisa dessa organização, o que faltava era essa modelagem, para sairmos de um processo de retração e mal aproveitamento desta potência. Precisamos enxergar o Brasil de forma integral, de maneira inteira”, colocou ela, ao apresentar Cláudia Leitão como secretária nacional da pasta.

O Brasil Criativo orientará a formulação, a implementação e o monitoramento de iniciativas estratégicas, como programas, projetos e ações concretas.

Materia envida pela assessoria de comunicação do Ministerio da Cultura e G20

Redação Gazzeta Paulista
Redação Gazzeta Paulista
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