quinta-feira, 14 novembro, 2024

G20 Brasil inova ao promover o primeiro Social Summit da história do grupo

No dia 14 de novembro, começa a Cúpula Social do G20, fazendo história com sua natureza inédita e por aproximar os líderes globais de realidades que podem ter passado despercebidas nos debates do G20 nos últimos anos.

A ampliação da participação social nas discussões voltadas para a busca de soluções para os desafios da economia global definirá o G20 Brasil. Inédita na história do fórum, a presidência brasileira realizará a primeira Cúpula Social do G20 no Rio de Janeiro, de 14 a 16 de novembro, consolidando o compromisso de garantir que diferentes realidades sejam incluídas nas decisões tomadas sobre a economia global e a governança.

Ao longo de sua presidência do G20, o governo brasileiro coordenou esforços para aprofundar a diversidade dos debates do fórum. Durante o processo, incentivou os Grupos de Engajamento a apresentarem diversas demandas diretamente às autoridades e garantiu espaços para que movimentos sociais e cidadãos de todo o mundo opinaram, debatessem os temas centrais do grupo e incluíssem outros, aproximando as pessoas das lideranças globais.

A plataforma Social Participativa do G20, lançada no âmbito desta iniciativa, recebeu milhares de contributos de cidadãos de diferentes partes do mundo, estabelecendo um canal direto entre a população e os decisores. As sugestões abordam temas cruciais como a transição energética, o combate à fome e à pobreza e propostas para um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo.

“A imagem definidora do G20 Brasil será o G20 Social. Será um dos grandes legados que a presidência brasileira deixará para o fórum. Espero que essa imagem seja a mais diversa possível, respeite o debate democrático, honre o processo político e contribua efetivamente para melhorar a vida das pessoas”, disse Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil.

Macêdo defende que a realização de um evento de grande porte antes do G20, com ampla participação popular, envolvendo diretamente várias camadas da sociedade nas discussões que antecedem a Cúpula do G20, abrirá um precedente que poderá criar um novo paradigma para futuras edições do evento. “Se der certo, já está feito; nunca haverá outro G20 sem a participação do povo”, enfatiza.

Descobrindo tópicos urgentes

Renato Simões é responsável por articular a participação social na Presidência da República do Brasil. Além disso, o Brasil ampliou o escopo de envolvimento dos Grupos de Engajamento, que participam do fórum desde 2010, para incluir os movimentos sociais nas negociações. Para Simões, o desafio da presidência brasileira era “trazer para a mesa questões que muitas vezes são varridas para debaixo do tapete”.

“A luta contra a fome e a desigualdade é uma preocupação central, e as economias mais significativas não podem virar as costas e dizer que não têm nada a ver com isso. O mesmo pode ser dito sobre os grandes poluidores que aumentam o efeito estufa e são os principais responsáveis pelas emergências climáticas que temos vivido.

A plataforma Social Participativa do G20, lançada no âmbito desta iniciativa, recebeu milhares de contributos de cidadãos de diferentes partes do mundo, estabelecendo um canal direto entre a população e os decisores. As sugestões abordam temas cruciais como a transição energética, o combate à fome e à pobreza e propostas para um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo.

Durante a Cúpula Social do G20, serão realizadas atividades autogestionárias e plenárias para cada eixo prioritário do G20: a luta contra a fome, a plenária sobre mudanças climáticas e transição justa e a plenária sobre a reforma da governança global. Confira a programação completa.

“Esse momento é precioso para a participação social, pois é a primeira vez dentro do G20 que as vozes de um quilombola, de uma pescadora artesanal, de um trabalhador rural ou urbano e de vítimas impactadas pelo rompimento de uma barragem estão sendo ouvidas. Muitas vezes, estas pessoas não são ouvidas, mesmo nos seus próprios países. Eles serão capazes de falar com o mundo. E esse é um impacto que ninguém pode minimizar”, diz Simões.

Continuidade garantida

Completando a Troika – sistema de fóruns que facilita a cooperação entre os países que presidiram o G20, a saber, Índia (2023), Brasil (2024) e África do Sul (2025) –, a ampliação da participação social nos debates do G20 já foi confirmada pela presidência sul-africana. A decisão foi assinada por Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, e Sherpa do Brasil no Fórum.

“O presidente sul-africano, para nossa satisfação, está satisfeito com os eventos sociais e já afirmou que continuará essa experiência durante sua presidência”, disse Lyrio. O embaixador confirmou que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Cyril Ramaphosa, da África do Sul, participarão da Cúpula Social do G20 no dia 16 de novembro para receber um documento elaborado pela sociedade civil traçando as prioridades do fórum.

Materia envida pela Coordenação de Imprensa do G20 no Brasil

Redação Gazzeta Paulista
Redação Gazzeta Paulista
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