domingo, 22 dezembro, 2024

Judô e skate ficam no quase. Badminton faz história. Bia estreia bem no boxe. Confira o resumo

Campeã olímpica no Rio 2016, Rafaela Silva foi eliminada na disputa do bronze e, no skate, o vice-campeão em Tóquio 2021 Kelvin Hoefler terminou em 6º no street. Juliana Viana conquista a primeira vitória do bNo terceiro dia oficial de competições nos Jogos Olímpicos de Paris, nesta segunda-feira, 29 de julho, o Brasil chegou perto da quarta medalha duas vezes. Primeiro, no judô. Campeã olímpica no Rio 2016, Rafaela Silva acabou derrotada na semifinal e na disputa do bronze, e terminou na quinta colocação. O Brasil também se apresentou bem no skate, com Kelvin Hoefler, prata nos Jogos de Tóquio 2021, mas ele viu o possível bronze escapar nas últimas rodadas da competição e terminou em sexto. A jornada brasileira em Paris, contudo, teve momentos mais do que simbólicos, com a primeira vitória da história do país no badminton feminino e as estreias promissoras do vôlei feminino e da campeã mundial Bia Ferreira, no boxe. Em comum a todas as histórias, a digital do Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto do Governo Federal. 

Estou em choque ainda. Acho que a ficha vai cair quando esfriar o corpo. Estou emocionada, feliz por ter feito história, por representar meu país. Desde pequena, meu sonho era representar o Brasil internacionalmente, ainda mais no maior evento esportivo, os Jogos Olímpicos”

Juliana Viana, primeira mulher brasileira a vencer uma partida de badminton olímpico

Confira o resumo da atuação brasileira neste 29 de julho

HISTÓRIA NO BADMINTON – Juliana Viana conseguiu um resultado histórico para o badminton feminino do Brasil nesta segunda-feira. Com vitória por 2 sets a 0 sobre Lo Sin Yan Happy, de Hong Kong, ela garantiu o primeiro triunfo do badminton feminino do país na história dos Jogos Olímpicos. As parciais foram de 21/19 e 21/14. 

“Estou em choque ainda. Acho que a ficha vai cair quando esfriar o corpo. Estou emocionada, feliz por ter feito história, por representar meu país. Desde pequena, meu sonho era representar o Brasil internacionalmente, ainda mais no maior evento esportivo, os Jogos Olímpicos. Com 19 anos, vestir a camisa do Brasil… É surreal. Tenho nem palavras”, comemorou a atleta. 

Na primeira partida, havia perdido para a tailandesa Supanida Katethong por 2 a 0, com parciais de 21/16 e 21/19. Agora, ela aguarda o desfecho de Katethong (TAI) x Lo (HKG), na próxima terça-feira, 30, para a definição do grupo D. O badminton é uma das 27 modalidades em que 100% dos atletas brasileiros em Paris integram o Bolsa Atleta. 

adminton feminino do país em Jogos Olímpicos.

QUASE NO JUDÔ – Nos tatames, o Brasil por pouco não levou a terceira medalha em Paris no judô nesta segunda-feira (29/7), com a carioca Rafaela Silva. Depois da prata com Willian Lima no meio-leve masculino (66kg) e do bronze de Larissa Pimenta (52kg), ambas no domingo (28/7), a medalhista de ouro no Rio 2016 e bicampeã mundial avançou à semifinal na categoria até 53 kg, após superar Maysa Pardayeva, do Turcomenistão, nas oitavas-de-final e passar pela georgiana Eteri Liparteliani, nas quartas-de-final. Na semifinal, Rafaela mediu forças com a atual campeã mundial, a sul-coreana Mimi Huh, mas acabou superada no golden score (como é chamada a prorrogação no judô) com uma imobilização. Na disputa pelo bronze, a campeã olímpica brasileira enfrentou a japonesa Haruka Funakubo, um dos principais nomes da modalidade. A luta novamente foi decidida em um longo golden score, onde Rafaela acabou desclassificada por um movimento irregular numa queda.

“É uma regra para proteger os atletas porque quando apoia a cabeça tem risco de lesionar a cervical ou coisa assim. Não foi ao meu favor hoje. Não sei o que é mais difícil, se é perder assim ou levar um ippon logo. Senti que estava crescendo na luta, ela queria a luta no solo, consegui algumas defesas, mas acabei ficando sem medalha”, lamentou Rafaela.

Além dela, o Brasil teve Daniel Cargnin em ação. Medalha de bronze nos Jogos de Tóquio 2021, o brasileiro acabou derrotado na primeira luta por Akil Gjakova, do Kosovo, e não teve chances de brigar por medalha em Paris. Rafaela e Cargnin são integrantes do Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte. 

O judô é o esporte de maior tradição do Brasil em Olimpíadas e só não subiu ao pódio em Jogos Olímpicos em três edições: Tóquio 1964, Cidade do México 1968 e Moscou 1980. Até aqui, o país já contabiliza 26 medalhas: quatro de ouro, quatro de prata e 18 de bronze.

KELVIN NA TRAVE NO SKATE – Um dia depois de Rayssa Leal conquistar a medalha de bronze para o Brasil no skate street, três skatistas do país competiram em Paris: Kelvin Hoefler, Felipe Gustavo e Giovanni Vianna disputaram a competição do street masculino. Do trio, apenas Kelvin, prata nas Olimpíadas de Tóquio 2021, avançou à final, marcada por nível altíssimo.

Apesar de ter executado belas manobras e de ter figurado entre os três melhores até as últimas duas rodadas da fase de manobras, Kelvin terminou na 6ª posição, com 270.27 pontos. “Em Tóquio foi diferente, a pista era grande, o formato era diferente. Acho que poderiam mudar o formato para os próximos Jogos Olímpicos, para ser um pouco mais divertido”, afirmou Kelvin, que sofreu durante a prova com fortes dores no tornozelo e no punho em função de queda que sofreu ao tentar uma manobra. 

O pódio foi preenchido pelo japonês Yuto Horigome, ouro após somar 281,14 pontos. Ele superou por um décimo o norte-americano Jagger Eaton, prata com 281,04. O bronze ficou com o também norte-americano Nyjah Huston (279.38).

SENTIMENTOS MISTOS NO TÊNIS– No tênis, a principal atleta do Brasil, Bia Haddad Maia, 22ª no ranking mundial, foi eliminada na segunda rodada da chave de simples pela eslovaca Anna Karolina Schmiedlova, 67ª. A rival venceu por 2 sets a 0, com duplo 6/4. Com o resultado, o Brasil não tem mais representantes na chave de simples feminina, já que Laura Pigossi perdeu na estreia, no domingo (28/7) para a ucraniana Dayana Yastremska por 2 x1.

Ainda nesta segunda-feira, Bia Haddad voltou à quadra ao lado da brasileira Luisa Stefani para a estreia do país na chave de duplas. As brasileiras enfrentaram as chinesas Yue Yuan e Shuai Zhang e venceram por 2 sets a 0, parciais de 6/4 e 6/3.

“Eu estava preparada para um dia longo. Acho que a partir do momento que um jogador decide jogar simples e dupla, ele está preparado para esses momentos. Na simples performei muito mal, realmente foi um jogo muito ruim. Tive ali meu momento para tomar banho, me alimentar, conversar. Muito importante a conversa que a gente teve, tanto em grupo com o time, quanto eu com o Rafa (técnico) e com a Lu (Stefani) individualmente. Esses momentos são importantes para mudar o chip”, refletiu Bia.

Quem também venceu foi a dupla formada pelos brasileiros Thiago Monteiro e Wild. Os dois, que foram eliminados na chave de simples, que passaram por 2 x 0, com um duplo 6/4, pelo time do Cazaquistão formado por Alexander Bublik e Aleksandr Nedovyesov.

BIA SEGUE, ABNER FICA – Campeã mundial e medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Bia Ferreira iniciou bem a caminhada em Paris no boxe. A brasileira derrotou a americana Jajaira Gonzalez por decisão unanime pela categoria -60kg. Ela está a uma vitória de garantir vaga na semifinal em Paris e, consequentemente, mais uma medalha olímpica, já que o boxe não tem a disputa do bronze.

“Foi uma boa estreia. A gente lutou há pouco tempo no Pan, e eu sabia que ela tentaria uma estratégia diferente. Dessa vez ela tentou vir pra cima, mas não teve sucesso. Foi do jeito que a gente planejou, não tive surpresas. Estou no jogo. Quero muito mais uma medalha olímpica, mas é uma luta de cada vez”, disse Bia.

Já Abner Teixeira, medalhista de bronze bronze em Tóquio, foi surpreendido pelo equatoriano Gerlon Chala, pelos superpesados (+ 92kg), e está eliminado do torneio de Paris. Abner não viveu um ciclo olímpico tranquilo. Ficou um período afastado do esporte em função de ruptura do ligamento cruzado anterior no joelho direito. Na derrota para O equatoriano, a pontuação adversa no primeiro round fez a diferença. Abner se recuperou nos dois rounds seguintes, mas não foi suficiente.

“Quero assistir a luta para ver onde errei. Mudei a estratégia no meio do combate, achei que tivesse feito o bastante, mas não foi o necessário. Eu sou competitivo e queria fazer história aqui novamente. Agora é voltar para casa e pensar nos próximos passos”, afirmou o superpesado.

VÔLEI TRANQUILO – A Seleção feminina estreou com vitória tranquila nas Olimpíadas de Paris. O Brasil, comandado pelo técnico José Roberto Guimarães, venceu o Quênia por 3 sets a 0, com parciais de 25/14, 25/13 e 25/12. As maiores pontuadoras foram Carol e Rosamaria, que marcaram 13 pontos cada uma. O Brasil está no grupo B. Nesta quinta-feira (1/8) a Seleção enfrenta o Japão e, na sequência, duela com a Polônia, no domingo (4/8).

AGENDA CHEIA – A terça-feira (30/7) promete ser agitada para o Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. O dia começa com disputa de medalha no triatlo masculino, com Miguel Hidalgo e Manoel Messias. Na sequência, dois jogos no tênis de mesa individual masculino. Sexto no ranking mundial, Hugo Calderano encara o espanhol Álvaro Robles, enquanto Vitor Ishiy terá pela frente o alemão Dimitrij Ovtcharov.

O dia ainda terá o Time Brasil sendo representado na final por equipes da ginástica artística feminina. Formado por Rebeca Andrade, Lorrane Oliveira, Jade Barbosa, Julia Soares e Flávia Saraiva, o Time Brasil fechou a fase de classificação com o quarto lugar ao computar no somatório 166.499.

Toda atenção também para os esportes de combate. No judô, Guilherme Schimidt, quarto colocado do ranking mundial, e Ketleyn Quadros, primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha em esportes individuais – bronze em Pequim 2008 -, entram em ação. No boxe, Michael Trindade enfrenta o cubano Alejandro Claro (-51kg), Wanderley Pereira pega o haitiano Cedrik Duliepe (-80kg) e Tatiana Chagas pega a coreana Aeji In (-54kg). Nos esportes coletivos, o handebol feminino terá parada dura contra a França, enquanto no basquete masculino, os brasileiros buscam a primeira vitória diante da Alemanha.

ONIPRESENÇA – O DNA do Bolsa Atleta é “onipresente” na delegação brasileira que está em Paris para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2024. Levando em conta o edital mais recente, de 2024, 241 dos 276 atletas na capital francesa fazem parte do programa, um percentual de 87,3%. Se a análise leva em conta o histórico dos atletas, contudo, 271 dos 276 já foram integrantes do programa do Governo Federal em alguma fase da carreira (98%). Em 27 das 39 modalidades em que o país está representado na França, 100% dos atletas integram atualmente o programa de patrocínio direto do Ministério do Esporte. Mais: em seis modalidades, todos estão na categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, voltada para esportistas com chances reais de medalha em megaeventos, que se posicionam entre os 20 melhores do ranking mundial de suas modalidades. A Bolsa Pódio garante repasses mensais que variam de R$ 5.500 a R$ 16.600, com o reajuste anunciado em julho de 2024 pelo presidente Lula

Matéria envida pela assessoria de Comunicação do Ministerio dos Esportes

Redação Gazzeta Paulista
Redação Gazzeta Paulista
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