sexta-feira, 13 de junho de 2025

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Juventude do BRICS debate transição energética justa e prepara entrega para a COP30

A juventude do BRICS se reuniu nesta segunda-feira, 9/9, para debater a transição energética justa e a cooperação entre os países do Sul Global. Durante a 7ª Cúpula de Energia da Juventude do agrupamento, realizada no Ministério da Justiça, os jovens debateram as temáticas que integrarão o Panorama Energético da Juventude BRICS 2025, a ser lançado oficialmente durante a COP 30, em novembro. 

“Cada sessão temática da Cúpula reflete um determinado caminho da presidência do Brasil no BRICS e é assim que estamos construindo expectativas e também antecipando as perspectivas energéticas. Outro resultado da Cúpula é o Plano de Ação para o BRICS com a Cooperação de Energia. Vamos discuti-lo hoje, após a sessão temática sobre como os novos membros do BRICS se integrarão à nossa comunidade e como todos nós, juntos, podemos desenvolver certas capacidades para que a cooperação energética entre os países do BRICS, no nível da juventude, alavanque”, explicou Alexander Kormishin, presidente da Agência de Energia da Juventude do BRICS. 

O documento está sendo estruturado em quatro eixos temáticos principais, alinhados às prioridades da presidência brasileira do BRICS na área de energia:
Combustíveis Sustentáveis para Adaptação Climática;
– Financiamento das Transições Energéticas e Garantia de Minerais para Energia Limpa;
– Acesso à Energia no Combate à Pobreza Energética com Soluções Acessíveis; e
– Avanços Tecnológicos para Sistemas de Energia de Baixo Carbono.

A Agência de Energia Jovem dos BRICS (BRICS YEA, na sigla em inglês) é uma organização liderada por jovens e reconhecida internacionalmente como uma instituição de cooperação entre jovens dos países do agrupamento no campo da pesquisa energética e do desenvolvimento de projetos. A BRICS YEA foi criada em 2015, através do Plano de Ação da 1ª Cúpula da Juventude dos BRICS. Aos dez anos de existência, o grupo teve a primeira reunião com a presença de todos os novos países-membros do agrupamento, representados por jovens de empresas de energia.

“Os jovens estão compartilhando seus conhecimentos. O que um país faz em relação ao outro em termos de hidrogênio, ou poderia ser transição energética ou até mesmo empoderamento de gênero no setor energético, e isso está sendo implementado nos discursos de um palestrante e retomado por outro, o que torna possível uma troca. Queremos também que os jovens tragam certos tons de parceria para o que está acontecendo aqui hoje porque os novos estados-membros, Indonésia, Egito e Emirados Árabes Unidos, precisam encontrar amigos em outros países do BRICS. Isso facilita sua integração”, acrescentou Kormishin.

Também presente no evento, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, parabenizou a juventude pelo trabalho desenvolvido e destacou a importância da sustentabilidade energética. 

“Os países do BRICS representam cerca de 40% da população mundial, mais de 25% do PIB. Somos grandes produtores e consumidores de energia, influenciando diretamente os mercados globais, petróleo, gás, carvão e fontes renováveis. Além disso, enfrentamos desafios comuns, transição energética, acesso à energia, sustentabilidade ambiental. A diversidade energética dos BRICS permite complementaridades estratégicas, fortalece nossa cooperação em inovação, sustentabilidade e segurança energética e reforça nossa autonomia frente a outros agrupamentos geopolíticos. O BRICS tem potencial para liderar a transição energética global, especialmente no sul global, e as nossas juventudes devem ter um papel central nesse processo”, declarou o ministro. 

Integração com a COP30

O Panorama da Juventude sobre Energia dos BRICS é um relatório desenvolvido pela BRICS YEA desde 2018, com a contribuição de jovens profissionais e pesquisadores dos países do Sul Global. O documento sempre é apresentado, até o final de cada ano, aos ministros de Energia do BRICS e nas Conferências das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COPs). 

“O BRICS é um momento super importante, também pensando na COP30, porque a gente precisa que o alinhamento das juventudes chegue até lá”, diz Marcele Oliveira, jovem campeã climática da COP30. Foto: Isabela Castilho / BRICS Brasil“O BRICS é um momento super importante, também pensando na COP30, porque a gente precisa que o alinhamento das juventudes chegue até lá”, diz Marcele Oliveira, jovem campeã climática da COP30. Foto: Isabela Castilho / BRICS Brasil

Neste ano, o Brasil protagoniza as presidências de ambos eventos e fortalece ainda mais a discussão do setor. “As duas presidências do Brasil, no BRICS e na COP 30, estão interligadas e alinhamos a pesquisa muito com as prioridades brasileiras. Os jovens realmente enfrentarão as consequências das decisões de hoje no futuro e, como vemos, o setor energético é o maior responsável pelas emissões de gás carbônico. Esse campo é essencial para o desenvolvimento sustentável e os jovens querem ter um futuro sustentável, com menos emissões, menos aquecimento global, e melhores condições de vida para eles e seus filhos, as gerações futuras. É disso que se trata o desenvolvimento sustentável”, comentou Arsenii Kirgizov-Barskii, vice-presidente da BRICS YEA e coordenador de Programas e da Juventude da COP29. 

Também presente no evento, a Jovem Campeã Climática da COP30, Marcele Oliveira, destacou a importância da ação da juventude do BRICS e como a discussão será levada à Cúpula do Clima, que ocorre entre 10 e 21 de novembro, em Belém, Pará.

“O BRICS é um momento super importante, também pensando na COP30, porque a gente precisa que o alinhamento das juventudes chegue até lá, que os nossos posicionamentos comuns fortaleçam os debates que a gente quer avançar, de adaptação, de financiamento climático e de transição justa”, iniciou a ativista climática.

“A transição justa é uma transição que faz a transição não só do tipo de energia, mas uma transição de pensamento, de parar de achar que a natureza está ao nosso serviço, porque ela não está. A gente precisa dela. E essa é uma conversa muito possível de avançar a partir do BRICS, a partir de países que estão localizados no sul global, que tem esse entendimento de que a mudança que a gente quer para o mundo também  vem da nossa produção de soluções, do reconhecimento dos nossos povos originários, do reconhecimento das soluções climáticas que vêm das periferias do mundo”, destacou ainda.

Redação Geral Gazzeta Paulista
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