Com mais de 40 anos de carreira, a jornalista Leda Nagle se consolida como ícone na luta pela liberdade de imprensa e pelo resgate do jornalismo como fonte imparcial de informação. De entrevistas pioneiras na TV a debates digitais, sua trajetória reflete o compromisso com o diálogo democrático em tempos de polarização.
Nagle, formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora, iniciou na imprensa escrita, em veículos como O Jornal e O Globo, antes de brilhar na televisão. Apresentou o Sem Censura na TV Brasil, programa que promoveu vozes diversas sem filtros ideológicos, fomentando o pluralismo essencial à democracia. “É um programa que me dá alegria ter feito”, recorda ela, destacando sua ênfase em histórias humanas e debates abertos.
Sua crítica à “morte do jornalismo tradicional” é contundente: Nagle lamenta a ascensão de “jornalistas militantes” que sacrificam a imparcialidade por agendas partidárias. “Quando eu fazia o Jornal Hoje, o foco era informar, não opinar”, afirma, defendendo o retorno à essência factual do ofício.
No digital, o Canal Leda Nagle no YouTube e perfis em redes sociais ampliam sua voz. Lá, entrevistas respeitosas – “Eu pergunto, eles respondem” – combatem fake news e incentivam o pensamento crítico. Associada à Gazeta do Povo, reforça a defesa da liberdade de expressão contra censura.
Para Nagle, o jornalismo imparcial não é utopia, mas dever cívico. Sua obra inspira uma nova geração a priorizar fatos sobre narrativas, garantindo que a imprensa permaneça o quarto poder da sociedade.