Nesta última segunda-feira (18/11), diversos partidos, movimentos e ativistas manifestavam em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro contra o genocídio promovido por Israel na Faixa de Gaza e no Líbano.
Com ativistas de diversas nacionalidades se reuniram no mesmo dia da cúpula para pressionar líderes mundiais pelo fim dos ataques de Israel no Oriente Médio.
Enquanto os líderes que integram o G20 realizavam seus discursos na cúpula do lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
Alguns vieram de longe para manifestar repúdio à conivência dos governos presentes em território brasileiro, como é o caso do rabino Dovid Weiss, judeu antissionista norte-americano e porta-voz do grupo religioso mundial Neturei Karta.
Ele veio de Nova York, Estados Unidos, para pressionar o G20 a tomar medidas concretas contra a governança do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, responsável pelo massacre de mais de 43 mil palestinos no enclave.
“Nossa delegação de rabinos chegou de Nova York por conta da situação crítica dos líderes internacionais. Devemos nos levantar e usar o presente concedido por Deus, como líderes mundiais, para parar imediatamente a carnificina, o genocídio que está ocorrendo em Gaza e no Líbano. Isso está sendo feito em nome do judaísmo, a religião judaica, e supostamente o povo judeu ao redor do mundo. Mas é mentira. É falso”, criticou o rabino.
A Gazzeta paulista, Weiss considerou que os chefes de Estado “devem parar o assassinato satânico” promovido pelo regime sionista e apoiar, de forma imediata, a libertação da Palestina.
Ao mencionar as proibições determinadas pela religião judaica, como a criação da “própria soberania”, o ato de “matar e roubar”, o religioso antissionista classificou o que as autoridades israelenses fazem hoje no Oriente Médio como uma “falsificação do nosso nome”, rejeitando as acusações de antissemitismo que realizam contra aqueles que apoiam a causa palestina.
“Os líderes mundiais devem se levantar e parar imediatamente a carnificina que está acontecendo na Palestina e no Líbano. E eles devem olhar para as comunidades religiosas ao redor do mundo. Todos nós nos opomos ao Estado sionista. Não é judaísmo. É um nacionalismo que está se mascarando na minha religião”, declarou Weiss.
“É com a ajuda de Deus que o G20 está aqui, que o mundo vai chegar até eles e eles vão ter uma mudança de coração. Perceber que o apoio ao sionismo é apoiar o antissemitismo e o Satanás do mal.”
Já o presidente do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta, relatou a Gazzeta Paulista que os protestos são direcionados principalmente para o “G7 que está reunido no G20”.
“Eles são os verdadeiros responsáveis pelo que está acontecendo. Na nossa opinião, não era possível deixar passar em branco esse momento”, declarou.
Entretanto, apesar da manifestação apresentar grande movimento, foi um número “menor” que o esperado, uma vez que as forças policiais foram reforçadas ao longo da capital fluminense em função do G20. Com isso, a polícia militar não só desautorizou a entrada de carros de som, como também chegou a fechar oito estações de metrô, conforme informou Pimenta.
“Uma das nossas próximas iniciativas será entrar em contato com o governo brasileiro, o ministro da Justiça, com o próprio Lula, com o PT, e formalmente informá-los sobre o que está acontecendo caso eles não saibam”, disse.
Matéria feita editores do Gazzeta Paulista exclusivo enviados para o G20 no rio de Janeiro