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Na ONU, autoridades brasileiras defendem a equidade de gênero para o fim da pobreza

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Chefe da comitiva brasileira, ministra das Mulheres explicou sobre as políticas do governo brasileiro para combater a violência e proteger as mulheres.

Também na ONU, sherpa brasileiro do G20 pontuou a importância da presidência brasileira do fórum levar o combate às desigualdades para o centro da agenda.

A 68ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW, na sigla em inglês) teve início nesta segunda-feira, 11 de março, em Nova York, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento, que vai até o dia 22, é o maior encontro anual da ONU sobre igualdade de gênero e empoderamento das mulheres.

Em pleno século 21, não podemos aceitar que uma mulher ainda receba 20% a menos que o homem ao exercer o mesmo trabalho em todo o mundo, com dados ainda mais desiguais quando falamos de mulheres ainda mais excluídas socialmente, como negras, indígenas e imigrantes”
Cida Gonçalves,
ministra das Mulheres

O tema deste ano é “acelerar a concretização da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, combatendo a pobreza e fortalecendo as instituições e o financiamento com uma perspectiva de gênero”.

Integrante da delegação brasileira no evento junto com a primeira-dama Janja Lula da Silva, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, discursou como representante da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e do Governo do Brasil. Em ambos os pronunciamentos, a ministra falou sobre o fortalecimento das instituições para promover a igualdade de gênero, sobre o combate à pobreza e à violência, e a participação das mulheres na prevenção, negociação e resolução de conflitos.

“Investir na igualdade de gênero é comprovadamente uma ferramenta indispensável na promoção do desenvolvimento, na recuperação econômica, no avanço tecnológico e mesmo na prevenção de conflitos. Não se trata de uma agenda de interesse exclusivo de um grupo de países, muito menos uma imposição de alguns. Antes, beneficia a todas e todos, em todas as partes do globo”, pontuou.

Cida ressaltou o compromisso do Governo Federal em contribuir com esforços coletivos de promoção da equidade e citou iniciativas brasileiras para promover inclusão e proteção social. “Apenas assim poderemos alcançar a plena implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, explicou.

“Em pleno século 21, não podemos aceitar que uma mulher ainda receba 20% a menos que o homem ao exercer o mesmo trabalho em todo o mundo, com dados ainda mais desiguais quando falamos de mulheres ainda mais excluídas socialmente, como negras, indígenas e imigrantes”, disse Cida ao citar a Lei da Igualdade Salarial e Remuneratória entre homens e mulheres, política estrutural implementada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

PRIORIDADE – Dados da ONU apontam que mais de 100 milhões de mulheres e meninas poderiam ser tiradas da pobreza se os governos dessem prioridade à educação e ao planejamento familiar, a salários justos e iguais e ampliassem os benefícios sociais. Globalmente, 10,3% das mulheres estão aprisionadas em um ciclo de pobreza extrema e vivem com menos de US$ 2,15 por dia.

Durante encontro informal na 78º Sessão da Assembleia Geral da ONU, realizado nesta terça-feira (12), o sherpa brasileiro do G20, Maurício Lyrio, defendeu a decisão da presidência brasileira do fórum de colocar o combate às desigualdades no centro das discussões entre os países-membros e afirmou que a solução das crises que o mundo enfrenta é uma cooperação internacional forte pautada pelo diálogo.

“Se tivéssemos que resumir o atual desafio global numa única palavra, seria desigualdade. A desigualdade é a causa profunda de várias das crises que enfrentamos e o principal fator do seu agravamento. Por isso, o Brasil colocou o problema da desigualdade, em todas as suas dimensões, tanto entre as pessoas como entre os países, no centro da agenda do G20”, pontuou o diplomata.

Lyrio enfatizou ainda a importância do fórum das maiores economias do mundo para a estabilização da economia global e seu papel de promover o diálogo para antecipar as crises e oferecer soluções para os desafios. “O G20 não dispõe das ferramentas, nem dos membros para substituir um fórum multilateral estabelecido. Mas tem o papel de agir como um canal para reunir vontade política rumo a mudanças concretas”, finalizou.

68ª CSW – A Comissão sobre o Estatuto da Mulher (CSW) foi criada em 1946 e é a principal instância da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicada exclusivamente a promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres em todo o mundo.

Este evento anual, realizado sempre no mês de março, que celebra o Dia Internacional das Mulheres, é o segundo mais significativo em Nova York após a sessão inaugural da Assembleia Geral da ONU.

 A CSW congrega mais de 10 mil representantes de Estados-membros, entidades da ONU e ONGs credenciadas, focando na deliberação de temas críticos para os direitos das mulheres e igualdade de gênero.

Matéria envida pela assessoria de comunicação do Ministerio das Mulheres

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