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Parlamentos do G20 encerram Cúpula do P20 com declaração para reforma da governança global, padrões éticos em IA e combate à pobreza

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Chefes parlamentares assinaram documento pela reforma das instituições multilaterais, inclusão social e desenvolvimento sustentável. Destaque para a importância da ética no uso da inteligência artificial e apoio à erradicação da pobreza. A próxima cúpula será na África do Sul em 2025.

A 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), encerrada nesta sexta-feira (8) no Congresso Nacional, reafirmou o compromisso dos países com o desenvolvimento sustentável, igualdade de gênero e a reforma de organismos multilaterais como a ONU e a Organização Mundial do Comércio (OMC). Representantes da Câmara dos Deputados e do Senado, sob a liderança do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacaram a importância do evento, que reforçou a diplomacia parlamentar no diálogo entre grandes economias e a promoção de acordos em torno de temas urgentes, como o combate à pobreza e o uso ético de inteligência artificial (IA).

Arthur Lira, em discurso de encerramento, celebrou o espírito de cooperação entre os países, mesmo diante de divergências sobre temas geopolíticos. “Salta aos olhos a importância crescente do diálogo num mundo marcado pela volatilidade do equilíbrio geopolítico. Nós, aqui reunidos, não podemos, como representantes dos nossos povos, nos furtar a participar da busca por um entendimento que construa as bases mais sólidas para a paz e a prosperidade”, afirmou Lira. No encontro, o Brasil entregou a presidência do P20 à África do Sul, que sediará a cúpula em 2025.

A declaração final da cúpula, assinada por membros do G20 presentes, contou ainda com representantes de oito países não membros e cinco organismos internacionais. O documento traz três grandes eixos: reforma na governança global, padronização da inteligência artificial e erradicação da pobreza, como fundamento do desenvolvimento sustentável.Para alcançar os objetivos, a declaração destaca o cumprimento do Pacto para o Futuro, adotado na ONU em setembro de 2024 como ferramenta para adaptar a governança global. 

A declaração reconhece os desafios que a IA representa para o relacionamento entre os países, que podem se aproximar ou se distanciar ainda mais com o uso da ferramenta. Para os membros do P20 que assinaram o documento, a IA é uma tecnologia importante para enfrentar injustiças e promover o desenvolvimento sustentável.

A desigualdade socioeconômica foi reconhecida como principal fonte dos desafios enfrentados no mundo. Para isso, os presidentes dos Parlamentos apoiam a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa da presidência brasileira do G20 neste ano para canalizar recursos a projetos de enfrentamento a esses dois problemas. Os parlamentares se comprometeram a apoiar o desenvolvimento de condições adequadas de trabalho e o acesso equitativo a oportunidades e recursos (como água, educação, saúde e saneamento básico).

Em anexo ao texto da declaração está a “Carta de Alagoas”, que é a declaração final da 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, realizada em julho em Maceió (AL). No evento, as participantes discutiram a igualdade entre homens e mulheres nos Parlamentos. A Carta enfatiza, por exemplo, a necessidade de cotas e financiamento para incrementar a participação feminina nos espaços decisórios e de remuneração igual entre os gêneros quando exercem trabalhos iguais. As conclusões da Carta de Alagoas foram apresentadas no Fórum Parlamentar do G20, na quarta-feira (6), na prévia da Cúpula do P20.

Os documentos serão entregues durante a reunião de cúpula do G20 no Rio de Janeiro, que acontece nos dias 18 e 19 deste mês. O lema do P20 deste ano, sob a presidência do Brasil, foi “Parlamentos por um mundo justo e um planeta sustentável”. 

Materia envida pela assessoria de comunicação Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20)

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