População desocupada caiu para 7,4 milhões, menor número desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.
A taxa de desocupação caiu para 6,8% no trimestre de maio a julho de 2024, recuando 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior — fevereiro-abril (7,5%) — e caindo 1,1 p.p. frente ao mesmo trimestre móvel de 2023 (7,9%). Essa é a menor taxa para um trimestre encerrado em julho na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, iniciada em 2012.
A população desocupada (que está buscando emprego, mas não consegue) caiu para 7,4 milhões, menor número de pessoas procurando por uma ocupação no país desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. O número de pessoas sem trabalho recuou nas duas comparações: -9,5% (menos 783 mil pessoas) no trimestre e -12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano.
Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “o trimestre encerrado em julho mantém os resultados favoráveis do mercado de trabalho que vinham sendo observados ao longo do ano, com queda da desocupação e expansão contínua do contingente de trabalhadores”.
OCUPAÇÃO RECORDE — A população ocupada (102 milhões) foi o novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo em ambas as comparações: 1,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) no trimestre e 2,7% (mais 2,7 milhões de pessoas) no ano. De acordo com Beringuy, “parte expressiva da expansão da ocupação no comércio ocorreu por meio do emprego com carteira de trabalho assinada, o que contribui para a melhoria da cobertura de formalidade nessa atividade”.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,9%, crescendo nas duas comparações: 0,6 p.p. ante o trimestre móvel anterior (57,3%) e 1,1 p.p. no ano (56,9%). Os dois principais segmentos da população ocupada também foram recordes.
Os empregados do setor privado chegaram a 52,5 milhões, maior contingente da série, crescendo 1,4% (mais 731 mil pessoas) no trimestre e de 4,5% (mais 2,2 milhões de pessoas) no ano. Já os empregados do setor público chegaram ao recorde de 12,7 milhões, com altas de 3,5% (424 mil pessoas) no trimestre e de 3,6% (436 mil pessoas) no ano.
RENDIMENTO ESTÁVEL — No trimestre encerrado em julho, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.206, com estabilidade frente ao trimestre móvel anterior e alta de 4,8% na comparação anual. Já a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores, chegou a R$ 322,4 bilhões, mostrando altas de 1,9% (mais R$ 6 bi) no trimestre e de 7,9% (mais R$ 27,5 bi) na comparação anual.
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TAXA DE SUBUTILIZAÇÃO — A taxa composta de subutilização (16,2%) recuou em ambas as comparações: -1,2 p.p. no trimestre e -1,6 p.p. no ano. Foi a menor taxa para um trimestre encerrado em julho desde 2014. A população subutilizada (18,7 milhões de pessoas) foi a menor desde o trimestre móvel encerrado em dezembro de 2015 (18,6 milhões), recuando nas duas comparações: -6,9% (menos 1,4 milhão) no trimestre e -7,8% (menos 1,6 milhão) no ano.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5 milhões) recuou 4,1% (menos 212 mil pessoas) no trimestre e ficou estável na comparação anual. A população fora da força de trabalho (66,7 milhões) ficou estável nas duas comparações.
Chegou ao menor contingente — desde o trimestre encerrado em junho de 2016 — a população desalentada (3,2 milhões), recuando 7,0% (menos 242 mil pessoas) no trimestre e 12,2% (menos 447 mil pessoas) no ano. Desalentadas são as pessoas que estão fora da força de trabalho ou por não conseguir trabalho, ou não ter experiência, ou ser muito jovem ou idosa, ou não encontrar trabalho na localidade.
POR CONTA PRÓPRIA — O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) ficou estável nas duas comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões) e de empregadores (4,2 milhões). Já o número de empregados no setor público (12,7 milhões) foi recorde, subindo 3,5% (424 mil pessoas) no trimestre e 3,6% (436 mil pessoas) no ano. A taxa de informalidade foi de 38,7% da população ocupada (ou 39,4 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7 % no trimestre encerrado em abril e 39,2 % no mesmo trimestre de 2023.
SOBRE A PESQUISA — A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do país. Sua amostra abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3,5 mil municípios, que são visitados a cada trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.
É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de Atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante.
Materia envida pela Assessoria de Comunicação do Ministerio do Trabalho e Emprego