Um novo ato contra a violência policial está marcado para o próximo dia 17 de maio, às 15h, na Travessa Luigi Sabbattini, 157, Vila Hebe, Brasilândia. Organizado por movimentos sociais, coletivos de direitos humanos e familiares de vítimas, o protesto exige a federalização das investigações das chacinas ocorridas em Cabula (BA), Jacarezinho (RJ) e durante a Operação Escudo (SP).
Com o lema “Basta de chacina e violência policial!”, o ato pretende dar visibilidade ao que os organizadores classificam como uma política de extermínio sistemático das populações periféricas, especialmente da juventude negra. O cartaz do evento exibe manifestantes segurando faixas com frases como “Contra o genocídio da população negra” e “Alvejaram as nossas vidas”.
Contexto das Chacinas
- Cabula (2015) – Em Salvador, 12 jovens foram mortos durante uma ação da Polícia Militar. A versão oficial afirmava que havia confronto, mas laudos e denúncias posteriores indicaram execução sumária.
- Jacarezinho (2021) – No Rio de Janeiro, uma operação da Polícia Civil deixou 28 mortos, sendo a mais letal da história do estado. O caso gerou repercussão internacional e é investigado por possíveis abusos de autoridade.
- Operação Escudo (2023) – Em Guarujá e região metropolitana de São Paulo, 28 pessoas morreram após a morte de um policial da ROTA. Relatos de moradores e vídeos sugerem execuções e tortura.
Reivindicação: Intervenção Federal
Os organizadores argumentam que, dada a falta de imparcialidade dos órgãos estaduais e a morosidade nas investigações, é necessária a intervenção do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) para garantir justiça. “Não há democracia possível enquanto o Estado continuar matando sem consequência”, afirma uma das lideranças do movimento.
Mobilização Popular
O ato do dia 17 promete reunir moradores da Brasilândia, além de representantes de movimentos como o Mães da Leste, Mães de Paraisópolis,Rede contra o Genocídio,Dialogo e Ação Petista,Movimento de Familiares das Vítimas do Massacre em Paraisópolis Coalizão Negra por Direitos, UNEafro, entre outros. Eles denunciam o racismo estrutural nas ações policiais e o silêncio do poder público frente às violações de direitos humanos nas favelas e periferias.
📍 Serviço
📅 Data: 17 de maio (sexta-feira)
🕒 Horário: 15h
📌 Local: Travessa Luigi Sabbattini, 157 – Vila Hebe, Brasilândia, São Paulo
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