O Presidente da República, João Lourenço, apresentou, quarta-feira, em Luanda, os progressos alcançados pelo país, nos últimos anos, em vários domínios, aos angolanos residentes na diáspora, com realce para a construção de infra-estruturas hospitalares para oferecer um serviço de saúde mais humanizado aos utentes.
O encontro, interactivo e descontraído, aconteceu no Palácio Presidencial e contou com a presença de mais de 30 cidadãos nacionais a viver no estrangeiro, que se deslocaram ao país para participar no primeiro encontro nacional com os angolanos residentes na diáspora, numa iniciativa do Movimento Nacional Angola Real (MONAR).
Durante a conversa, o Presidente da República falou da recuperação das várias infra-estruturas destruídas pela guerra que assolou o país por cerca de três décadas, assim como a construção de várias outras, de raiz, em todo o país. Aqui, de forma particular, o Presidente da República destacou os investimentos que estão a ser feitos em infra-estruturas públicas, como estradas, pontes, portos, aeroportos, caminhos de ferro – com realce para o Corredor do Lobito – em produção e distribuição de energia e água para as populações, bem como em indústrias, para a aceleração da economia nacional.
Os sectores da Saúde e Educação mereceram destaque durante a conversa. Sobre o sector da Saúde, o Presidente da República fez saber aos angolanos na diáspora que o Executivo está a fazer uma grande aposta na construção de unidades hospitalares modernas, que estão a ser equipadas com aparelhos de ponta. Lembrou que das poucas unidades hospitalares de que o país dispunha, muitas não estavam devidamente equipadas. A título de exemplo, falou da transformação que se fez ao então Hospital Sanatório de Luanda, que deu lugar, hoje, ao Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares “Cardeal Dom Alexandre do Nascimento”.
O Presidente da República disse que essas acções, no sector da Saúde, são, igualmente, extensivas à rede hospitalar de nível primário, tendo avançado a construção pelo país de várias unidades a esse nível. “É evidente que os terciários são mais visíveis, até pela sua dimensão chamam mais atenção”, aclarou.
A par destas acções, o Chefe de Estado falou, também, das admissões, via concurso público, de quadros para os sectores da Saúde e Educação, que estão a trabalhar em várias partes do país.
O Presidente João Lourenço informou aos cidadãos residentes no exterior que o país mobilizou recursos provenientes da recuperação de activos, de pessoas que tinham dinheiro escondido fora, para gizar o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), que está a ajudar a mudar a imagem dos municípios.
Entretanto, lamentou o facto dessas conquistas estarem a ser deturpadas, nas redes sociais, por “cidadãos mal intencionados”, deixando, deste modo, confuso os angolanos residentes na diáspora em relação aos progressos em curso no país. “Nós, o Governo e a sociedade, no geral, as igrejas, a Organizações Não-Governamentais, os empresários, todos nós, em conjunto, esforçamo-nos por, por cada dia, ir resolvendo, paulatinamente, os inúmeros problemas que, de uma forma geral, todos os países atravessam”, ressaltou o Chefe de Estado, sublinhando que todo esse esforço já começa a ficar visível “para quem quiser ver”.
Reconhecida parceria do sector privado
No domínio do sector produtivo, o Presidente João Lourenço disse que o Executivo conta com a parceria do sector privado, que participa nos investimentos ligados à agricultura, pescas e indústria, que estão a aumentar a oferta de bens e serviços necessários para o consumo interno e para a exportação. Falou ainda do Programa de privatizações em curso no país, que está a levar o Estado a desfazer-se de um conjunto de empresas em diferentes sectores da economia, para dar lugar ao privado. Recordou que o Estado gastou avultadas somas em dinheiro para a construção da Zona Económica Especial Luanda-Bengo, mas nunca conseguiu “produzir nada”. Para alterar o quadro, salientou que, no âmbito do Programa de Privatizações (Propriv), foram privatizadas unidades fabris construídas nessa zona. Como resultado dessa medida, avançou que a realidade hoje é diferente, já com muita produção a sair dessa Zona Económica Especial.
O Chefe de Estado assegurou aos angolanos residentes no estrangeiro que este programa vai prosseguir.
O Chefe de Estado destacou que viver fora do país é um direito que cada um tem, sublinhando que os cidadãos vivem ali onde se sentem bem, pensam encontrar a solução dos seus problemas e das suas respectivas famílias.
Por outro lado, apelou-os a manterem o vínculo com a Terra. “Viver no exterior pode ser bom, mas nunca se esqueçam das vossas origens e de onde vocês saíram”, exortou o Presidente da República.
Outra visão sobre o país
O vice-presidente do Movimento Nacional Angola Real, Mateus Sebastião, disse que as informações sobre o país avançadas pelo Presidente da República vão permitir aos angolanos residentes no exterior terem outra visão sobre o país, mais real e diferente daquela que vem nas redes sociais. Mateus Sebastião disse que os angolanos residentes na diáspora vão, agora, dar início a um programa de visitas a várias províncias do país, a fim de manterem contacto directo com os avanços presentes nessas partes do território nacional.
Matéria envida pela assessoria de comunicação do Presidente da Republica de Angola