Sociedade civil, movimentos sociais, povos indígenas e juventude compõem a narrativa oficial do G20, por meio de suas experiências e perspectivas. Essa comunicação colaborativa possibilitou ampliar os horizontes dos debates sobre as prioridades do Brasil para o G20: o combate às desigualdades e às mudanças climáticas e a reforma da governança global.
Sob a presidência brasileira, o G20 deu mais um passo inédito, implementando uma estratégia de comunicação colaborativa que transformou a forma como as maiores economias do mundo se conectam com a sociedade. Essa abordagem atingiu seu clímax durante a Cúpula Social do G20, um evento histórico que colocou as perspectivas populares no centro da narrativa oficial.
Durante um ano, diversas frentes compartilharam informações e perspectivas sobre os principais temas da presidência brasileira do G20: o combate às desigualdades e às mudanças climáticas e a reforma da governança global. Assim, comunicadores colaborativos uniram suas vozes e cobertura, uma simbiose que permite aos leitores acompanhar e entender a magnitude do G20 Social.
Mais do que uma inovação pontual, a comunicação colaborativa foi um projeto construído ao longo da presidência do Brasil, permitindo que movimentos sociais, comunidades indígenas, jovens e acadêmicos compartilhassem suas experiências e conhecimentos, enriquecendo os debates e democratizando o acesso à informação.
Como funciona a comunicação colaborativa?
Colaboradores cobrem a coletiva de imprensa com os ministros Marcio Macedo e Jader Filho.
A essência da comunicação colaborativa está na coautoria: integra diferentes atores na produção de conteúdo e facilita a circulação de informações de forma plural e descentralizada. No G20, essa prática permitiu que comunicadores de diversas origens produzissem boletins de rádio, artigos e reportagens para o site oficial, contando histórias a partir de suas próprias perspectivas.
As parcerias foram inúmeras durante a presidência brasileira do G20. O projeto que reuniu repórteres infantis brasileiros no Kids20 foi o primeiro a dar o pontapé inicial. A comunicação colaborativa se expandiu para boletins de rádio produzidos na língua indígena guarani, comunicadores de comunidades periféricas, como G20 Favelas e Favelas20, movimentos sociais, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Central Única de Trabalhadores (CUT), além de universidades como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). nas Universidades20.
Um dos idealizadores da comunicação colaborativa do G20, o coordenador Marcelo Branco, comemora: “Nossa comunicação colaborativa teve o objetivo de transformar os movimentos sociais em protagonistas da narrativa, aproximando a institucionalidade das demandas populares. As multidões agora fazem parte da estratégia de comunicação.”
Essa prática deu voz a segmentos historicamente sub-representados, destacando o papel das assessorias de movimentos sociais, que assumiram o papel de comunicadores oficiais do governo, um marco na história do G20.
Kids 20: jovens liderando a cobertura
O Ministro da Cultura concedeu uma entrevista exclusiva aos membros do Kids 20.
Entre as iniciativas que ilustram o impacto dessa abordagem está o Kids 20, projeto que levou jovens de cinco estados brasileiros a vivenciar a rotina de jornalistas. Crianças e adolescentes entrevistaram ministros das Relações Exteriores e delegados, trazendo novas perspectivas para o evento e ampliando o escopo das discussões nos domicílios brasileiros.
Carlos Alberto Jr., Coordenador de Comunicação do G20 da SECOM, afirma que “a participação de crianças e adolescentes é uma excelente oportunidade para trazer a questão do G20 para dentro de casa. Nada melhor do que as perguntas de uma criança ou adolescente para tirar os adultos da zona de conforto.”
Pluralidade no foco central
A comunicação colaborativa do G20 Brasil ampliou o escopo das discussões ao incorporar vozes que normalmente não participam do debate global. Por meio de iniciativas como o G20 Favelas e o F20, os moradores dessas comunidades puderam compartilhar suas realidades, trazendo as perspectivas locais para o centro das decisões. Essas contribuições foram complementadas por ações como boletins de rádio em guarani, conectando o G20 com as populações indígenas e reconhecendo a importância de integrar a diversidade linguística e cultural do Brasil. Além disso, movimentos como o Voice of the Oceans enfatizaram a urgência de proteger os mares e incluir narrativas ambientais nos debates globais, com foco na sustentabilidade e no impacto direto nas populações costeiras.
A comunicadora da União Nacional dos Estudantes (UNE), Cristiane Tadam, compartilhou sua experiência na cobertura da Cúpula Social do G20: “aqui encontrei comunicadores indígenas, feministas, educadores, estudantes secundaristas, ativistas internacionais, uma variedade de pessoas de comunidades espalhadas por todo o Brasil, produzindo conteúdo sobre o G20 a partir de suas perspectivas únicas e enviando para o mundo”. Essas experiências demonstram como a pluralidade foi essencial para abordar questões centrais do G20 – como a reforma da governança global, o combate à fome e às mudanças climáticas – de forma mais inclusiva e representativa.
Uma nova forma de comunicar com o G20
Se a Cúpula Social do G20 é uma celebração da democracia, a comunicação colaborativa do G20 é uma celebração do direito à informação, um direito básico garantido pela Constituição brasileira de 1988. Sob essa estratégia inovadora, o G20 Brasil não apenas se consolidou como um modelo inclusivo, mas também lançou as bases para uma comunicação global mais democrática, onde todas as vozes têm espaço para serem ouvidas e valorizadas.
Materia envida pela Assessoria de Comunicação da Secom