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Série lançada por think tank explora a ambição climática do BRICS

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O BRICS Policy Center (BPC), que lançou o “Caderno para entender o BRICS”, finaliza a série de publicações sobre as ambições climáticas dos cinco países que deram origem ao agrupamento.

Os temas da sustentabilidade e mudança do clima se tornam cada vez mais relevantes na agenda política internacional. O BRICS inclui o debate entre suas prioridades, e trabalhos do BRICS Policy Center (BPC) revelam este compromisso. O centro de estudos lançou o último exemplar da série “Ambição Climática do BRICS”, que, de forma inédita, destrincha iniciativas e posicionamentos dos países a que se refere a sigla. O último exemplar se debruça sobre a ambição chinesa, segunda maior economia do mundo.

“O Brasil é o terceiro país no mundo com maior capacidade de gerar energias renováveis, e possui 49,1% da sua energia advinda de fontes renováveis, enquanto a média mundial de oferta de energia renovável corresponde a apenas 14,7%.”
“A pauta climática e a transição energética estão entre as prioridades da presidência brasileira do BRICS. O financiamento de projetos de mitigação e adaptação, assim como o alinhamento das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs na sigla em inglês), serão temas centrais da agenda brasileira, em sintonia com os esforços para fortalecer a COP30”, colocou Marta Fernández, diretora do BRICS Policy Center.

O estudo sobre a ambição brasileira, que reconhece a importância histórica, simbólica e material do país na governança ambiental e climática, destaca tanto a potência de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais no encontro de soluções quanto a capacidade nacional para alternativas energéticas. “O Brasil é o terceiro país no mundo com maior capacidade de gerar energias renováveis, e possui 49,1% da sua energia advinda de fontes renováveis, enquanto a média mundial de oferta de energia renovável corresponde a apenas 14,7%”, registra o estudo.

Fundado em 2010, o think tank é vinculado ao Instituto de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (IRI/PUC-Rio) e, em parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro, dedica-se à análise das transformações globais e suas implicações para o Brasil e o Sul Global, bem como a ações que aproximem a política internacional do cotidiano das pessoas e das cidades. Acompanhando o grupo desde de sua criação, o BPC tem neste ano, com o Brasil sediando cerca de cem encontros até a Cúpula, um calendário robusto de atividades, entre debates, webinários e outras publicações.

A série “Ambição Climática do BRICS, publicada em português e inglês, é realização da Plataforma Socioambiental do BPC, com apoio do Instituto Clima e Sociedade (ICS).

Caderno para Entender o BRICS
Ainda no ano passado, o centro de estudos lançou o “Caderno para Entender o BRICS”, publicação com finalidade de democratizar conhecimentos sobre política internacional a outros pesquisadores, jornalistas, governos, movimentos sociais e demais pessoas interessadas no tema.

“Além de analisar o BRICS e sua trajetória, o Caderno explora sua interconexão com outras plataformas multilaterais, como o G20. Embora ressalte a singularidade do BRICS e seu papel estratégico para o Sul Global, também reconhece que as discussões do G20, especialmente sob a presidência brasileira, repercutem no BRICS, reforçando o Brasil como um ator central na definição de uma agenda voltada para o enfrentamento das assimetrias globais”, disse a diretora do BPC.

O Caderno, que foi lançado com presença da coordenadora-geral da presidência brasileira do BRICS, a ministra do Itamaraty, Paula Barboza, dá continuidade a série iniciada com o “Caderno para Entender o G20”, e precede o “Caderno para Entender a COP30”, com divulgação próxima. Ainda de acordo com Marta Fernández, o Caderno terá uma segunda edição, com atualizações sobre países membros e parceiros e prioridades do Brasil frente ao grupo.

Think tanks no BRICS
Os think tanks são instituições relevantes ao BRICS, integrando instâncias como o Fórum Acadêmico do BRICS (FABRICS), a Rede de Think Tanks de Finanças dos BRICS (BTTNF) e o Conselho de Think Tanks dos BRICS (BTTC), este último do qual o BRICS Policy Center faz parte. A coordenação do Conselho durante a presidência brasileira é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que assumiu o BTTC no último mês, em reunião que contou com a participação de representantes da Rússia, Índia, China, África do Sul, Etiópia e Irã. O objetivo é a troca de experiências para elaboração de recomendações sobre políticas públicas e cenários futuros.

Materia envida pela assessoria de comunicação do BRICS no Brasil

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