A escola de samba Tom Maior fez história na noite deste sábado ao desfilar no Sambódromo do Anhembi com um espetáculo vibrante e emocionante, destacando a rica cultura de Angola. O enredo “Uma nova Angola se abre para o mundo! Em nome da paz, Martinho da Vila canta a liberdade!” trouxe uma celebração da conexão entre o Brasil e o país africano, com a presença inédita de uma delegação de coreógrafos angolanos, que agregaram ainda mais autenticidade e ritmo ao desfile.

Com um trabalho impecável de figurinos e alegorias, a Tom Maior apresentou alas que remetiam à ancestralidade angolana, ao movimento de independência do país e à influência da cultura africana na música e na dança brasileiras. Os coreógrafos convidados trouxeram elementos tradicionais da dança angolana, como o semba e a kizomba, que foram incorporados ao samba no pé dos integrantes da escola, proporcionando um espetáculo inédito e emocionante.
A bateria, sob o comando do mestre Carlão, surpreendeu ao fazer uma fusão entre os ritmos brasileiros e angolanos, criando momentos de pura magia na avenida. A rainha de bateria, Pâmella Gomes, brilhou com uma fantasia inspirada nas rainhas guerreiras de Angola, arrancando aplausos do público.
O grande destaque foi o carro alegórico principal, que trouxe uma escultura monumental de Martinho da Vila, homenageado do enredo. O cantor e compositor, ícone da música brasileira e grande entusiasta da cultura africana, marcou presença no desfile, emocionando a plateia ao cantar trechos de suas canções mais emblemáticas.
A participação dos coreógrafos angolanos foi um dos momentos mais marcantes da apresentação. “Foi uma experiência incrível poder contribuir para esse espetáculo e sentir a energia do carnaval brasileiro. É uma verdadeira ponte cultural entre Angola e Brasil”, declarou Inocencio Oliveira, um dos coreógrafos da delegação angolana.
Com uma apresentação envolvente e inovadora, a Tom Maior se consolida como uma das grandes potências do carnaval paulistano. O desfile deste ano não só encantou o público presente como reforçou a importância da valorização das raízes africanas na cultura brasileira. Agora, a escola aguarda ansiosamente o resultado do julgamento, com boas expectativas para alcançar um lugar de destaque na classificação final.