Pesquisas apontavam que disputa seria entre esses dois partidos; para formar maioria, é preciso ter 116 cadeiras dos 230 deputados.
As apurações das eleições em Portugal mostram uma disputa acirrada entre a coalizão Aliança Democrática (AD), de centro-direita, formada por Partido Social Democrata (PSD), Partido Popular (CDS-PP) e Partido Popular Monárquico (PPM), e o Partido Socialista.
Em terceiro lugar está o Chega, de extrema-direita. As pesquisas já apontavam que a disputa seria acirrada entre os AD e o Partido Socialista, mas que a direita aparecia como favorita para vencer. Se a AD, liderada por Luís Montenegro, vencer, ele vai depender do Chega para obter maioria absoluta. É preciso ter 116 deputados dos 230 assentos.
O aumento da extrema direita no país ocorre enquanto Portugal se prepara para comemorar no próximo mês o 50º aniversário da Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura fascista e a 13 anos de guerras coloniais.
A três meses das eleições europeias, essas eleições antecipadas confirmam que a extrema direita está em ascensão em todo o continente, como já se viu na Itália e nos Países Baixos.
Portugal era um dos poucos países da Europa liderado pela esquerda. A taxa de abstenção nas eleições deste domingo é estimada entre 32% e 38% pela pesquisa da RTP, seria a mais baixa desde 2005.
Sob o governo socialista, Portugal foi marcado pela inflação, apesar da consolidação das finanças públicas, do crescimento acima da média europeia e do baixo desemprego.
Portugal também sofreu com problemas nos serviços de saúde e nas escolas, além de uma grande crise imobiliária. Além disso, há uma série de escândalos de corrupção, que acabaram derrubando Antonio Costa, e o aumento da população migrante, que dobrou em cinco anos, dois dos temas eleitorais da extrema direita.
O Partido Social Democrata e o Partido Socialista se alternavam no poder por décadas e, nestas eleições tinham o desafio de conter o crescimento de um partido de extrema direita As pesquisas indicam um aumento de 7% em relação as eleições em 2022, confirmando a tendência de crescimento da ultradireita observada em outros lugares na União Europeia.
Matéria enviada pela assessoria do comunicação do TRE de Portugual