sexta-feira, 22 novembro, 2024

Em homenagem à Dona Ivone Lara, dia 13 de abril é instituído como Dia Nacional da Mulher Sambista

Lei Nº 14.834, que oficializa a data, foi publicada nesta sexta-feira (5/4) no Diário Oficial da União.

ais de 56,54 milhões de vezes. Esse é o número de repetições que a música Sonho Meu, da eterna Dona Ivone Lara, foi executada na voz da compositora, cantora e instrumentista no Spotify, uma das principais plataformas de streaming de música do planeta.

A canção, uma das mais famosas da carioca nascida em 13 de abril de 1921 e batizada como Ivonne Lara da Costa, foi regravada por dezenas de nomes, como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Zeca Pagodinho, Diogo Nogueira e Adriana Calcanhoto. Entre os intérpretes que regravaram músicas dela estão Clara Nunes, Gal Costa, Gilberto Gil, Paula Toller, Paulinho da Viola, Beth Carvalho e Marisa Monte, para citar alguns.

Como forma de prestar mais uma homenagem à Ivone Lara, o Governo Federal, por meio da Lei nº 14.834, publicada nesta sexta-feira, 5 de abril, no Diário Oficial da União, instituiu o dia 13 de abril como o Dia Nacional da Mulher Sambista. O texto é assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da Cultura, Margareth Menezes. 

Ivone Lara marcou a história do samba de diversas formas e foi a primeira mulher a integrar a ala de compositores da Império Serrano, tendo assinado a composição do samba-enredo Os Cinco Bailes da História do Rio, de 1965, que ainda hoje é listado entre os melhores de todos os tempos.

Com uma carreira marcada pelo pioneirismo, Ivone Lara atuou como enfermeira e assistente social antes de se dedicar exclusivamente à música, o que só fez após se aposentar. Ao longo da carreira, gravou 15 álbuns, assinou a composição de dezenas de canções e recebeu inúmeros prêmios e homenagens, como em 2016, quando foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural, principal condecoração do Governo Brasileiro à área da cultura.

No carnaval de 2012, foi tema do enredo da Império Serrano – Dona Ivone Lara: O enredo do meu samba. Morreu quatro anos depois daquele carnaval, em 16 de abril de 2018. O velório foi realizado na quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, e seu corpo sepultado no Cemitério de Inhaúma.

Matéria envida pela assessoria de comunicação do Ministerio da Cultura

Isaias Dutra
Isaias Dutra
Jornalista Isaias Dutra e editor Chefe do Gazzeta Paulista
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